A palavra aos leitores – O matemático instantâneo

De um e-mail de Sofia B.:

«(…) Mas mais uma vez, o editorial de hoje do nosso mui estimado José Manuel Fernandes faz com que lhe escreva. Leia este naco de prosa: “Realmente desconcertantemente fáceis, verifiquei quando descarreguei as provas do site do Ministério da Educação. Apesar de ter concluído aqueles graus de escolaridade há muitos, muitos anos, fiquei com a sensação de que eram muito mais fáceis do que na época em que tinha de resolver problemas de aritmética ou geometria nos primeiros anos de escolaridade.”

(...) Que gente é esta que acha que descarrega Provas de Aferição do site do ME e diz se elas são fáceis ou difíceis? Quais as qualificações que ele tem?

Se calhar nós desconhecemos e, apesar de não ter carteira de jornalista, está profissionalmente habilitado a ser professor de matemática.... Mais que os professores que fazem os exames, mais que as associações profissionais que fazem parte de um conselho consultivo que dá pareceres sobre os exames. Conselho consultivo de que, aliás, a Sociedade Portuguesa de Matemática faz parte (…).

Voltaremos certamente ao tema no dia 18, dia em que saem os resultados (…).»

Cara Sofia, desconheço se José Manuel Fernandes é um grande teórico, mas é possível que, tal como o Tio Paul que só gostava de números, esteja mais vocacionado para resolver problemas do que para dar grandes contribuições teóricas. Em todo o caso, tendo por gurus o professor Espada e o quase professor Pacheco, o céu é naturalmente o limite para José Manuel Fernandes. O céu que Paul Erdős via assim no epitáfio que sugeriu para si próprio: “Végre nem butulok tovább.”