quarta-feira, julho 30, 2008

Como o PSD tratou as Finanças Públicas nos últimos 25 anos?

Sugere-se a leitura integral de A obra financeira do PSD, um post escrito por João Pinto e Castro. Aqui fica um extracto:




    "Não é frequente ver-se este gráfico que descreve a evolução do défice das contas públicas entre 1980 e 2004.

    Para os mais esquecidos, o Ministro das Finanças do Governo da AD, em 1980 e 1981, foi Cavaco Silva. Apesar do desequilíbrio da balança de pagamentos, valorizou o escudo, baixou a taxa de juro e congelou os preços dos transportes públicos em pleno segundo choque petrolífero. Nunca a situação financeira do país se degradou tão depressa como então.

    Não admira que Cavaco Silva tenha fugido rapidamente do governo e que Balsemão o tenha também abandonado em 1982. Em 1985 Cavaco voltou, já como primeiro-ministro, e isso nota-se imediatamente no gráfico. Nos anos subsequentes, a entrada dos fundos comunitários atenuou o défice do orçamento geral do Estado, que desceu para os 4% em 1989.

    Mas era preciso conquistar nova maioria absoluta em 1991, de modo que as despesas correntes voltaram a crescer em flecha. A massa salarial dos professores, por exemplo, cresceu 98% entre 1989 e 1991.

    Novo recuo temporário pós-eleitoral, novo disparo em seguida, de modo que, ao chegar ao Governo, o PS recebeu um défice de quase 8%. Pode-se ver no gráfico como ele diminuiu continuamente até 2000. Em 2001, ano em que se inverteu a tendência, subiu um pouco acima dos 4%, registando uma descida mínima em 2002.

    Regressado em 2002 ao governo, o PSD retomou prontamente a sua tradição despesista, atirando o défice para perto dos 6%. Sabemos como, com Sócrates, regressou entretanto para perto dos 2%.

    Ouvimos às vezes dizer que o trabalho feito pelo actual governo poderia ter sido feito pelo PSD, mas é difícil entender-se em que se baseia esta crença. Nada - mas mesmo nada - no currículo do PSD sugere que saiba ou queira pôr na ordem as contas públicas. Na sua última passagem pelo governo, agitou a crise financeira como justificação para reduzir despesas sociais, mas jamais revelou vontade de atacar os problemas de fundo, fosse reduzindo despesas, fosse aumentando receitas."

11 comentários :

Anónimo disse...

Os mitos e as lendas são invenções de alguém, enraízam-se na opinião geral e, tantas vezes repetidos, transformam-se em verdades absolutas qque já não se questionam. São assim "porque sim".

Enquanto a esquerda esbanja, não sabe fazer contas, destrói as contas do Estado e deixa as finanças públicas de rastos, a direita, competente e séria, põe as coisas na ordem, porque é mais responsável e sabe gerir o dinheiro. Os esquerdistas são uns líricos, os direitistas uns gestores de topo.

Nada mais falso, como ilustra eloquentemente o gráfico em causa.

Se a este mito da "competência" e da "boa gestão" juntarmos o ar sério e carrancudo do (sofrível) contabilista que subiu a pulso desde o Algarve até Lisboa, está o "arranjinho" completo e o "cliché" é tantas e tantas vezes repetido que ja ninguém ousa questionar a tal "competência". E, já agora porque está na moda lá para aquelas bandas, a "credibilidade".

Mas estes ex-governantes e aspirantes a governantes têm os armários cheios de esqueletos poierentos, e é preciso desmascará-los, porque os encantos fizeram-se para ser quebrados.

Ora quem diria...
Afinal, quem tem feito o maior e melhor esforço gestionário tem sido o PS, e o PSD vai ficando com a aura da competência, só "porque sim".

Tenho pena de afirmar uma coisa destas, porque uma boa oposição contribui para a saúde da Democracia. Mais: uma boa alternativa de governação, também. As coisas são assim.

Mas, como dizia, custa-me afirmar que o PS é, neste momento, a única alternativa válida e credível ("credível" sem ironia...) para levar a bom termo a governação do país.

E mais, não podemos admitir ao PS que deixe a meio aquilo que já começou.

Anónimo disse...

Corruptos à morte!
Salvem o país destes palhaços.
Às armas, às armas...

Anónimo disse...

Excelente esta demonstração.
Com as palavras pode-se fazer todo o tipo de malabarismo. Quanto mais sisudo for o orador,(mesmo ele diga que inverdades) não falta quem dê credibilidade ás suas palavras.
Os gráficos não enganam.
Como é que os implicados irão descalçar esta bota...? Que argumentos terão para tentarem desmontar o retrato do gráfico?
Rockvall

Anónimo disse...

Em Fevereiro de 2005 votei no PS. Votei cerca das cinco da tarde.

Em Outubro de 2009, se for vivo, votarei no PS. Só que vou logo às nove da manhã, não me vá acontecer alguma coisa durante o dia...

Anónimo disse...

"Como é que os implicados irão descalçar esta bota...? "

Resposta: Não precisam se preocupar. A imprensa em Portugal está toda na mão do PSD. O PS tem e terá, eternamente, má imprensa. Mesmo os espanhóis que compraram a TVI já devem ter tido a ponta de uma faca no nariz a avisar que, se pisarem fora do riscado, fazem-lhes a folha.

Potugal, ao contrário do que se pensa, não é um país democrático. Basta ver o estado da Justiça.

E muito menos é um país pluralista.

E a ideia de que o pais é na grande maioria, de esquerda, é um mais um mito. Isto é do mais fascista que há.

Edie Falco

Anónimo disse...

E acrescento: a malta do PSD está-se a roer de inveja da governação PS que está a mostrar como foram sempre uma cambada de incompetentes e preguiçosos. Os engenheiros estão a mostrar aos advogados como é que se faz.

Edie Falco

Anónimo disse...

Correcções:
- Cavaco Silva foi MInistro das Finanças em 1980. Sá Carneiro morreu a 4 de dezembro desse ano.
- Quem o substituiu foi Morais Leitão.
- A leitura do gráfico dá-nos a entender que o défice subiu de 1980 para 1981. Mas isto pode ser só ilusão de óptica. Não se percebe. seria preciso olhar mais para trás. Mas uma coisa é certa: com este gráfico a conclusão do autor plasmada no texto é abusiva.
- O pico de 1991 pode de facto ser impuitado a questões eleitoralistas.
- A partir de 2000, data em que começamos a divergir da União Europeia, rompendo uma linga série começada nos anos 60, tod o desvario dos governos guterres caem em cima do orçamento - desvarios que ainda estamos a pagar como as SCUTs e outra despesa deferida e adiada.
- Na segunda metade dos anos 90 as taxas de crescimento económico foram altas. Isso significou aumento de receita fiscal e portanto os défices da era "Sousa Franco" são feitos à custa de auemnto de receita e não de controle da despesa.
- Se fixzer este gr+afico com o d+efice ajustado ao ciclo económico verá o seguinte: Portugal tem dois períodos de esbanjamento (1980-81 até 1983 e 1995 até 2001), tem um governo heróico (1983-85) q diminuiu a despesa em contraciclo e trajectórias consistentes c a reduição do défice nos outros momenstos (Exceptuando o pico de 1991).
- AS suas conclusões são enviesadas. Mas isso n me espanta uma vez que V.Exa. levou a sério aquele gréfico do Krugman.
- A análise económica séria não se dá com divisões de mandatos políticos nem pode ser alimentada por espírotos sectários.

Anónimo disse...

Excelent post.

Anónimo disse...

Mais claro não Há. Este grafico demosntra o embuste da PPD e de uma imprensa serventaria que sempre o apoiou.

Vamos fazer como o amigo de à pouco. Vou logo as 8 horas votar.

MFerrer disse...

Excelente post.
Verdades como punhos!
Não sei é se este povo tem nervo suficiente para aguentar esta imprensa que só tem um objectivo. Derrubar o governo e colocar no seu lugar os do costume:CDS e MFL/PPD-PSD
O País que se lixe!
Qual mais trabalho, ou mais estudo!
O que interessa é repetir mentiras e cortinas de fumo. Arranjar todas as noites um frete a frente com o PCP e uns diletantes quaisquer e criticar todas as medidas do governo e do PS. E, s epor acaso, conseguirem um militabnte do PS que esteja com um atauqe de ciúmes, então vamos ter directos, entrevistas e comentários para uma semana.
Quando o Miguel Júdice parece um homem de esquerda comparado com o Barreto, algo está doente e podre neste pequeno "reino"!!!
MFerrer

Anónimo disse...

O Barreto passou-se para a direita há muito tempo. Já digo isso aqui há muito.

Edie Falco