quarta-feira, julho 02, 2008

Notas soltas sobre um desastre anunciado [4]

Luís Filipe Menezes é que era o instável. Mas foi Manuela Ferreira Leite que, no Congresso do PSD, defendeu a redução do número de obras públicas a realizar e, oito dias depois, o que quer é conhecer os estudos de custo/benefício.

Escrevo este post depois de ver a entrevista de Sócrates. Fico a saber que serão construídas três barragens por privados. Fico também a saber que apenas três auto-estradas serão construídas pelo Estado. Fico igualmente a saber que Manuela Ferreira Leite não lê os estudos de custo/benefício que estão disponíveis na Internet.

Mas já sabia que a credível Ferreira Leite não está ao corrente dos assuntos de que fala:
    • Os estudos e análises, que a líder do PSD agora reclama, são obrigatórios no diploma das parcerias público-privadas, curiosamente aprovado quando Ferreira Leite era ministra de Estado e das Finanças de Durão Barroso;
    • O período de carência de cinco anos no pagamento dos investimentos públicos, que tanto empolgou Ferreira Leite, era praticado quando ela era ministra e é o que está certo, pois ninguém paga antecipadamente o que vai receber anos mais tarde;
    • Contrariamente ao que Ferreira Leite disse na entrevista, os governos do PSD/CDS não introduziram portagens em nenhuma SCUT (apesar de, sucessivamente, Valente de Oliveira, Carmona Rodrigues e António Mexia o terem anunciado, mas nenhum dos ministros o concretizou);
    • Bem pelo contrário, o que o PSD fez foi assinar mais uma SCUT (a do Grande Porto, não tendo exigido os tais estudos).

1 comentário :

Anónimo disse...

Maravilha!!!Abraço