- “Luís Nobre Guedes, vice-presidente do CDS, demitiu-se. Até aqui, tudo bem. É uma atitude de um bom-gosto e de uma sensatez que não podem deixar de se louvar. O problema é que, um ano depois da demissão, ainda ninguém tinha dado pela sua falta. É possível que ser vice-presidente do CDS seja o melhor emprego do mundo. Quando Paulo Portas diz que o seu partido cria melhores empregos não está a brincar. No CDS é mais fácil ser eleito para um cargo do que sair dele.
(…) Um dirigente que desaparece durante um ano sem que ninguém dê pela sua falta é, evidentemente, um elemento importante cujo contributo interessa garantir a todo o custo. O problema é que Nobre Guedes já se demitira há um ano, e Portas continuava a tentar convencê-lo a voltar. Era um projecto a longo prazo. Ainda bem que o Público descobriu tudo agora. Se, por absurdo, o caso só fosse descoberto daqui a dez anos, o presidente do CDS ficaria até 2018 a tentar persuadir Nobre Guedes a regressar à direcção do partido.
(…) Ferreira Leite pode ter mais vocação para vice-presidente do CDS do que para presidente do PSD, mas está na vanguarda da moderna política partidária. Está na moda manter o silêncio e desaparecer da vida política. Já vi ideias piores.”
1 comentário :
UM vazio de ideias. Francamente, nunca vi coisa tão fraca.
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