- “Bom, eu saí, eles [a direcção do PSD] entraram todos. Passaram já quase seis meses e o PSD afunda-se nas sondagens. Sondagens bem piores do que as do meu tempo.”
“Qual é o caminho ideológico que o PSD vai seguir. Vai pela cartilha neoliberal do dr. António Borges, do Mourinho do Dr. Cavaco [Alexandre Relvas], responsável pelo Instituto Sá Carneiro e do Compromisso Portugal? Ou quer readaptar o legado social-democrata do tempo de Sá Carneiro ou do início do Governo de Cavaco Silva às novas realidades do mundo de hoje? Não sabemos.”
«Pacheco Pereira, um mentor desta liderança do PSD dizia há uns meses: “é preciso tirar este Menezes de lá rapidamente porque o poder socialista vai afundar-se tanto que ele ainda ganha. É um perigo. Vai dar ele poder ao Povo, por as pessoas do Porto e de Faro a escolher os seus deputados e a mandar...isto é muito perigoso”. Hoje já diz o contrário, que “a crise é tão grande que ajuda o Eng. Sócrates.”»
“Eles não querem ganhar eleições. Querem continuar a ter os cartões de presidentes de comissões parlamentares para se apresentarem em embaixadas, para continuar a vaguear pela Europa a fazer as suas intermediações de grandes negócios de Estado. É uma classe que a gente conhece bem e que o partido e o país não merecem. Aliás, permita dizer que o eng. Sócrates não pertence a essa classe. Não é que eu seja um defensor deste Governo, que me parece medíocre - e os resultados estão à vista. Mas o eng. Sócrates, do ponto de vista idiossincrático não pertence a essa classe. Só chegou a primeiro-ministro porque estávamos a quatro meses das eleições. Não tiveram tempo de o afastar. Mas também não é querido, nem benquisto nessa classe.”
“Eu sou dos que tenho criticado este Governo por ter atrasado os investimentos públicos. Para mim o investimento público não é necessariamente mau, se for reprodutivo. Precisamos de novas escolas, de modernizar os campus judiciários, de melhorar os transportes públicos nas áreas urbanas e suburbanas. Se o eng. Sócrates tivesse avançado com os investimentos públicos no início do mandato, apesar desta crise toda na Europa Portugal não estaria a crescer 0,6 por cento ao ano. Estaria a crescer um ponto ou ponto e meio acima disso. E não foi estratégia, foi incompetência de alguns ministros e secretários de Estado. O PSD hoje coloca em causa os grandes investimentos públicos. É uma profunda asneira. Nós queremos um crescimento mais virtuoso, assente na economia privada, mas quando este não existe, pelo menos que haja investimento público, que vai ser dinamizador de algum investimento privado e aguentar minimamente a economia. Se fossemos pela conversa da actual líder do PSD – secar ao zero o investimento público –, com a situação em que está a economia seria uma hecatombe do ponto de vista económico e social.”
“Em relação ao TGV tenho de dizer que acho que os políticos que não mudam de opinião por caturrice, que não vêem os sinais dos tempos e fazem a leitura da realidade não podem ser bons políticos. Já tive muitas reservas em relação ao TGV. Hoje não tenho, principalmente em relação à ligação Lisboa Madrid. Hoje até defendo que deveria haver também uma ligação Porto Madrid, mas essa é outra questão. A Espanha enveredou por esse projecto e tem uma rede tentacular em todo o território. Vai chegar à Galiza, o último dos territórios a atingir.”
3 comentários :
Como estes PPds se abetuavam, cambada de corruptos, cadeia com eles.
Já agora sabem quem os lá colocou? Perguntem ao SANTANA, ele sabe.
Almoços de 5.971 euros no estrangeiro
Os ex-administradores da Gebalis gastaram, entre Fevereiro de 2006 e Outubro de 2007, quase seis mil euros em 48 refeições "em restaurantes e hotéis de luxo ou de especial requinte gastronómico", (...)
O menezes parece mais lucido e consistente, em alguns aspectos estou com a sua opinião.
Muito melhor, com visão esclarecida, a velha srª, está a leguas do seu pensamento.
A obsessão
Manuela Ferreira Leite vai-se emaranhando irrecuperavelmente na sua obsessão contra as obras públicas. Primeiro, porque não havia dinheiro para nada. Depois, porque não havia os estudos. Agora, porque não devem fazer-se obras que necessitem de recurso ao crédito.
Mas em nome de que (ir)racionalidade económica ou política é que um investimento, seja ele público ou privado, não deve ser feito por necessitar de recurso ao crédito? Então os investimentos públicos não devem ser medidos pela sua necessidade e pelo balanço entre os custos (incluindo os custos do crédito) e os benefícios?
Parece cada vez mais evidente que MFL não está à altura da missão...
[Publicado por Vital Moreira] [25.10.08] [Permanent Link]
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