domingo, outubro 12, 2008

Provedor do leitor (sic)

Há dias, numa série de e-mails que enviou para o CC, Eduardo Cintra Torres explicou a sua bitola: qualquer facto (ou situação), ainda que referido no mais ranhoso comentário, se não for desmentido torna-se verdadeiro. Este raciocínio viciado serviu hoje a Joaquim Vieira, provedor do leitor do Público, para diminuir a gravidade do que havia escrito na coluna do jornal.

Vale a pena ler o que Joaquim Vieira escreveu em defesa dos seus estimáveis leitores. Fica para amanhã.

2 comentários :

Anónimo disse...

>
> É mais uma história de sucesso do Programa Novas Oportunidades, o tal
> programa
> tão elogiado pelo primeiro-ministro. Um programa que conduzirá Portugal ao
> primeiro lugar mundial nas estatísticas sobre Educação. Agora, ficamos a
> saber
> que Pedro Póvoa, atleta de Taekwondo, vai entrar em Medicina sem nunca ter
> posto os pés numa escola secundária. Desta forma, o Governo manda uma
> mensagem
> a todos os jovens portugueses: não é preciso estudar Biologia nem Química
> para
> entrar em Medicina. Nem é preciso frequentar o ensino secundário durante 3
> anos. Bastam 6 meses no Nova Oportunidades. E a Ordem dos Médicos fica
> calada?
> Está revoltado? Não vale a pena revoltar-se. Não queira ser apelidado
> de 'pessimista de serviço'!
>
> Já se sabia que o Nova Oportunidades está a dar diplomas do ensino
> secundário
> à velocidade da luz. Ficamos agora a saber que há quem veja nele o caminho
> mais curto para ser médico. Já tinhamos engenheiros civis sem Matemática e
> Física do secundário, economistas sem Matemática e linguistas sem Latim.
> Agora
> passamos a ter médicos que tiraram o 12º ano em 6 meses. Estudar Biologia?
> Para quê? Química? Não é preciso! Matemática? É chato

Anónimo disse...

Sobre o assunto do provedor, repare-se que Clara Ferreira Alves (que se vem estragando "paulatinamente" ao ritmo da estragação do Eixo do mal, que de programa de humor virou tribuna de puro ataque político, uma espécie de Inimigo Público no ecrã), teve exactamente o mesmo comportamento: na emissão de 4/10, apoiou-se numa notícia falsa de uma espécie de jornal para chamar mafioso ao Sócrates ("frase digna de O Padrinho"), a propósito de uma suposta frase dele ao ilustre jmf. Se bem me recordo, nem reservas fez sobre a veracidade da notícia, que não confirmou previamente como era seu elementar dever. Mas foi cortante: "isto é gravíssimo" (meia dúzia de vezes), "isto precisa de uma vassoura", "só o general Eanes é que parece que se porta bem", "o 1º ministro não pode descer a este nível", etc...
Acabou por reconhecer o erro oito dias depois de o mal estar feito, mas não sem embrulhar o assunto na inaptidão da ERC para usar o copiar/colar...
Entre jornais e jornalistas, venha o diabo e escolha...