quarta-feira, novembro 12, 2008

O que ainda não havia sido dito sobre o banco da boa moeda




Pedro Sales, Que o céu não lhe caia em cima da cabeça¹:
    “Paulo Portas esteve ontem a inquirir insistentemente Vítor Constâncio sobre o relatório da Deloite que, em 2003, já alertava para a existência de irregularidades no BPN. O Banco de Portugal conhecia o relatório e nada fez, diz Paulo Portas. Tem razão. Mas não contou a história toda. Em rigor deveria ter dito que, cumprindo a lei, a Deloite entregou uma cópia ao Banco de Portugal e outra seguiu para o ministério das Finanças. Em 2003, a responsável pela pasta dava pelo nome de Manuela Ferreira Leite. O número dois do Governo dava pelo nome de Paulo Portas. Há momentos em que mais vale a pena estar calado, não vá notar-se que tanta insistência na inoperância do polícia esconde uma notória condescendência pela forma criminosa como os gestores e accionistas do BPN levaram este banco à falência.”
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¹ Há um lapso irrelevante no post: “O número dois do Governo dava pelo nome de Paulo Portas.” Efectivamente, o número dois do Governo era a ministra de Estado e das Finanças, Manuela Ferreira Leite, sendo Paulo Portas, ministro de Estado e da Defesa Nacional (o Mar só veio com Santana), o número três do Governo.

2 comentários :

Francisco Clamote disse...

Felizmente há quem tenha boa memória. Esta veio mesmo na hora.
Cumprimentos

Anónimo disse...

Longe de mim querer defender/desculpar o Dr. Vítor Constâncio dos alegados erros que tenha cometido no exercício das suas funções no Banco de Portugal, onde aliás a comissão para o estudo das remunerações dos administradores fez história.
Mas não deixa de ser curioso o facto do Sr. Portas nunca se referir aos "compadres" Administradores do BPN, divulgando os crimes cometidos, por exemplo.
Até parece que foi o Dr. Constâncio que branqueou capitais, fez investimentos especulativos e ilegais através de sociedades que para o efeito criou !!
O cinismo , para não lhe chamar outra coisa, do homem é bem evidente.
Zé Carvalho