terça-feira, dezembro 16, 2008

“Posição substantiva consciente”




O respeitável e mobilizador líder do grupo parlamentar do PSD, Paulo Rangel, apareceu e disse: o PSD optou pela abstenção no caso do Estatuto dos Açores e essa é uma “posição substantiva consciente”. Nem sabe Rangel até que ponto tem razão nessa qualificação da sua “posição política”.

Para um grupo parlamentar, cujos deputados se baldam à razão de 40 por cento por votação, a abstenção é mesmo a melhor “posição substantiva consciente”. É que assim ninguém nota as ausências no grupo parlamentar. Abstendo-se, o PSD não conta — nem para um lado nem para o outro. E jamais a sua líder lhe voltará a puxar as orelhas, pedindo contas pelas ovelhas tresmalhadas.

É evidente que, depois de por duas vezes ter aprovado o Estatuto dos Açores (na Assembleia Legislativa dos Açores e na Assembleia da República), a abstenção do PSD, em vez de ser uma “posição substantiva consciente”, é uma manifestação de cobardia política de uma direcção que tem medo do PSD nas regiões autónomas, do Presidente da República e da própria sombra. Paz à sua alma.

2 comentários :

Anónimo disse...

COBARDES COMO SEMPRE, TUDO SERVE PARA ALCANÇAR A PAZ NA PODRIDÃO EM QUE SE TORNOU ESSSE PARTIDO.

Teófilo M. disse...

Este PSD está cada vez pior! Não quer perder a face nos Açores, depois do recado do Mota Amaral, mas ao mesmo tempo não quer dizer que o PS tem razão vai daí, fica-se nas encolhas correndo o risco de desagradar ao amigo da MFL.

Esta capacidade de equilíbrio na corda bamba está a garantir-lhe a continuidade no circo.