Na página 5 da edição de hoje, insere uma Nota Editorial com o título "Reforma da mãe de Sócrates".
Pensei "queres ver que vão pedir desculpa pela manchete mais vergonhosa dos úlimos tempos?".
Ingénuo...
O CM queria apenas explicar, sem o dizer explicitamente, que o "jornalista de investigação" que tratou do caso é burro e não percebeu os dados que a "fonte" lhe forneceu. Mas, atenção, o CM tem um álibi: "Antes da publicação da notícia, o gabinete do primeiro-ministro foi confrontado com os referidos dados, não tendo o CM obtido qualquer resposta".
Ou seja, além de tratar dos normais assuntos da governação, o gabinete do primeiro-ministro deve ter entre as suas obrigações:
- 1. Colaborar com os "jornalistas de investigação", mesmo quando os "jornalistas de investigação" apenas se limitam a publicar a papinha feita que lhes põem em cima da mesa e que se destina exclusivamente a desinformar (a propósito, não seria antes com as "fontes" que o CM deveria ajustar contas, visto que a papinha estava mal feita?);
2. Dispor a todo o momento de informação "relevante" sobre os familiares do primeiro-ministro e, eventualmente, mesmo acerca de conhecidos e amigos (nem que para tal seja necessário pedir um parecer à Comissão de Protecção de Dados).
3. No fundo, o que o CM propõe é que o gabinete do primeiro-ministro funcione como uma espécie de Censura, mas ao contrário. O CM continuaria a escrever disparates, mas agora validados por um "visto prévio" oficial. Tudo isto é espantoso.
Contributo do João
7 comentários :
Esta fauna jornalística seria divertida, caso não fosse perigosa.
Já o disse muitas vezes em público e em privado aos visados:
Os jornalistas são a classe profissional mais incompetente, pusilâmine, ignorante e irresponsável do nosso país.
Há excepções, obviamente, mas penso que chegarão os dedos das duas mãos para as contabilizar.
Cavaram o seu descrédito tão fundo que já só têm credibilidade entre eles (nem todos) e entre alguns aproveitadores que fingem acreditar mas "a comunicação social não pode decidir o que publica", lembram-se?...
Esta deve ser a reacção do "jornaleirismo de investigação" ao situacionismo do filósofo marmeleiro.
Será a única classe profissional que me vai dar gozo cair no desemprego.
A campanha contra o primeiro-ministro não é só fruto da falta de profissionalismo e de escrúpulos de alguns jornalistas. Coisas deste calibre têm de passar pelos responsáveis máximos dos jornais. São eles que dão o OK a manchetes mentirosas, lidas por muita gente, desmentidas depois em minúsculas notícias em que ninguém repara. São os chefes e directores que devem responder pelos desvios do estatuto editorial. Se se for ver, todos se reclamam "independentes" e depois fazem campanhas partidárias. É pena a ASAE não poder actuar quando o produto não condiz com a etiqueta.
Não é de animo leve, que o CM (sem til)provoca, é intencional o desgastar.
So o ~Tribunal pode resolver o problema.
Zé Boné
MAIS UM PANFLETARIO A FAZER A PAPA À DIREITA E AO SOCIAL-FASCISMO..
NÃO VÃO LONGE e ficarei muito feliz ver esses paquidermes no desemprego.
Só vantagens
[Publicado por Vital Moreira] [Permanent Link]
Um dos efeitos colaterais da fixação mediática no caso Freeport, para além da crucificação de Sócrates, foi tirar da ribalta os novos desenvolvimentos da informação acerca da cratera do BPN, essa nódoa escandalosa do arrivismo financeiro de certos figurões da direita.
Quem é que tem uma imprensa amiga, quem é?!
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