- "Na altura em que corre uma investigação judicial - e isto acontece repetidamente - os meios de comunicação (esse jornal incluído) criam um ambiente, um clima de suspeição tal que os nomes das personalidades apresentadas já aparecem como praticamente julgadas e condenadas", escreve Maria Luiza Sarsfield Cabral, sintetizando o pensamento dos leitores que reclamaram. "Tomo como exemplo (por entre muitos outros...) o PÚBLICO de 30 de Janeiro, que vem repleto com o caso Freeport - 1ª pág., 2ª pág., 3ª pág., 4ª pág., 5ª pág. Cinco páginas quase inteiramente orientadas no sentido de formar a suspeição... - e, no fundo da pág. 4, como se fosse indiferente, talvez coisa de somenos, aparece então, em letra pequena, o texto integral do comunicado do procurador da República... Como é possível?"
"Durante uma semana o PÚBLICO 'encheu' - é o termo adequado e necessário -, quase na totalidade, as primeiras páginas com o caso Freeport e o primeiro-ministro", constata Augusto Küttner de Magalhães. "Por vezes a qualidade não joga com a quantidade e o inverso também é verdadeiro, e torna-se espantoso ir a uma banca de jornais e ver todas as primeiras páginas de todos os jornais com o mesmo tema, e só o mesmo, e espantosamente também o PÚBLICO, que costuma primar pela diferença, pela maior discrição! (...) Se a ideia única é transmitir culpa de actos do actual primeiro-ministro, talvez tenha em parte conseguido, mas isso fica melhor ser feito por outros jornais que não necessária nem obrigatoriamente o PÚBLICO." E avisa Sérgio Brito: "Lã estão os ditos jornais de referência invocando a 'liberdade, a verdade, a responsabilidade', mas afinal o que os move é 'a raiva' (...), sendo verdade que esta pode matar o portador!"
- [in coluna do provedor do leitor]
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