O Correio da Manhã publicou hoje uma coisa a que chamou de "entrevista" a Manuela Ferreira Leite.
Na realidade, como qualquer leitor poderá verificar aqui, trata-se apenas da transcrição de uma sessão de media training conduzida na São Caetano à Lapa por um fulano chamado António Ribeiro Ferreira, que o Correio da Manhã, com uma certa dose de humor, apresenta aos seus leitores como "jornalista".
Para passatempo de fim-de-semana, propomos aos nossos leitores que identifiquem no extracto da entrevista que a seguir reproduzimos quais são as frases do "jornalista" e as frases da entrevistada. Depois, os leitores podem ir verificar o original publicado on-line. A seguir, para entretenimento familiar, sugere-se que alguém leia em voz alta excertos da entrevista (perguntas e respostas, aleatoriamente) e que os ouvintes tentem adivinhar se esses excertos são perguntas ou respostas. Vão ver que passam um fim-de-semana divertido. Melhor que ir ao circo. Eis um extracto:
- Conhece bem o que se passa no País em termos sociais. Não acha obsceno e chocante para as pessoas que o Governo continue a fazer grandes eventos de propaganda a propósito de tudo e de nada?
- Eu não só acho obsceno e chocante como acho que o Governo vai ter de ser confrontado com essa questão. Porque não é possível que os dinheiros públicos andem a ser delapidados em festas de propaganda. Eu acho que é algo sobre o qual o Governo terá de vir a dar explicações.
- É que não há um arrepiar de caminho. Todos os dias há mais situações.
- Não há um arrepiar do caminho. Ouça uma coisa. É que se não for isso não é nada. Eu percebo a posição do Governo. Este Governo vive à custa dos anúncios e se esses anúncios não têm um grande impacto e uma grande visibilidade então nós diríamos que não havia absolutamente nada. As pessoas ficam envolvidas e empolgadas, em algumas delas, simplesmente com os sound bites e os anúncios. Se não houver muito barulho com os anúncios no dia-a-dia percebe-se que não há rigorosamente nada. Nem mesmo estas medidas em relação ao apoio às empresas. Se nós falarmos com os empresários eles não sentem nada.
Contributo do João
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