Estou a ver o Eixo do Mal. O Daniel Oliveira está imparável.
Começou por se mostrar genuinamente furibundo com Sócrates por não fazer “reformas”, aquilo que, não raras vezes, o Daniel apelidou de “medidas neoliberais”.
Ainda eu não estava refeito deste fervor reformista, já o Daniel fazia uma defesa acalorada do cartaz da JSD, deixando envergonhado Pacheco Pereira, que teve uma leve hesitação perante aquela monstruosidade.
Logo a seguir, o Daniel afiança que a “história” já demonstrou que o povo não é tolo quando vota — o que parece uma conclusão séria sobre a maioria absoluta do PS.
Finalmente, revelou querer um sistema fiscal mais simples através da eliminação das deduções, porque, segundo diz, a complexidade obriga a ter um contabilista, que só está ao alcance dos contribuintes com maiores rendimentos. Este é precisamente o argumento dos neoliberais em defesa da flat tax.
A descoberta de que Louçã o via como um coelho (entre tantos outros) não está a fazer nada bem ao Daniel Oliveira.
7 comentários :
Também vi!
É deprimente ver o trotskista Daniel Oliveira. Esse programa é uma das maiores palhaçadas de que há memória. Dizem mal de tudo e de todos, como se fossem donos da razão.
Há um interessante texto de Manuel Serrão, no JN, que, de uma forma bem-humorada, explica o essencial sobre a relação do BE e do PCP com o poder. Ter mais uns deputados é um grande objectivo. Mas, governar... aí, calma, porque resolver tem custos às vezes fatais para sonoros esquemas de grande efeito retórico, mas com pés de barro.
Daniel Oliveira pertence a uma casta elitista razoavelmente instalada, que permanentemente critica o "sistema", mas que convive lindamente com ele.
No caso, as sondagens, esse produto "burguês", deram ao BE esperanças de subidas e ei-lo, ainda mais arrogante, a falar do alto da burra sobre todas as matérias urbi et orbi. Será que já sonha que a maioria absoluta vai ser bloquista?
Se ele diz que o povo votante não é tolo, até pode ter razão. É que o BE, em resultado do voto, existe numa franja lisboeta e pouco mais.
O DO é produto made in PC
Em relação às deduções (não defendi o seu fim), não foi esse o argumento central, mas o do facto que pode deduzir mais quem mais gasta - o argumento do seu chefe, portanto. Tenho de melhorar um pouco mais a simplificação dos argumentos. Esqueço-me sempre que há telespectadores como o Miguel Abrantes, com dificuldade em acompanhar uma ideia.
há um ponto para mim inquestionável nestas questões...
é que a direita ataca à direita, óbvioi
mas também à esquerda, e com esta versatibilidade radical que aqui se documenta
abraço
Uma indignação, face a comentário anterior: o DO numa casta elitista? Não que o não desejasse.Mas como? Só numa elite de boqueiros. E bocas não são, de facto, ideias dignas de serem acompanhadas. Há que evitar ficar ao nível do DO. Tenham dó.
Meus caros, tudo que venha do lado do social-fascismo, no qual incluo obviamente os meninos do be,nada é de aceitar, tudo cheira a negro, a populismo e a demagogia aliado à pretensa instalação de um regime DITATORIAL.
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