domingo, fevereiro 15, 2009

Uma caixinha de surpresas

Estou a ver o Eixo do Mal. O Daniel Oliveira está imparável.

Começou por se mostrar genuinamente furibundo com Sócrates por não fazer “reformas”, aquilo que, não raras vezes, o Daniel apelidou de “medidas neoliberais”.

Ainda eu não estava refeito deste fervor reformista, já o Daniel fazia uma defesa acalorada do cartaz da JSD, deixando envergonhado Pacheco Pereira, que teve uma leve hesitação perante aquela monstruosidade.

Logo a seguir, o Daniel afiança que a “história” já demonstrou que o povo não é tolo quando vota — o que parece uma conclusão séria sobre a maioria absoluta do PS.

Finalmente, revelou querer um sistema fiscal mais simples através da eliminação das deduções, porque, segundo diz, a complexidade obriga a ter um contabilista, que só está ao alcance dos contribuintes com maiores rendimentos. Este é precisamente o argumento dos neoliberais em defesa da flat tax.

A descoberta de que Louçã o via como um coelho (entre tantos outros) não está a fazer nada bem ao Daniel Oliveira.

7 comentários :

Quintanilha disse...

Também vi!
É deprimente ver o trotskista Daniel Oliveira. Esse programa é uma das maiores palhaçadas de que há memória. Dizem mal de tudo e de todos, como se fossem donos da razão.

Anónimo disse...

Há um interessante texto de Manuel Serrão, no JN, que, de uma forma bem-humorada, explica o essencial sobre a relação do BE e do PCP com o poder. Ter mais uns deputados é um grande objectivo. Mas, governar... aí, calma, porque resolver tem custos às vezes fatais para sonoros esquemas de grande efeito retórico, mas com pés de barro.
Daniel Oliveira pertence a uma casta elitista razoavelmente instalada, que permanentemente critica o "sistema", mas que convive lindamente com ele.
No caso, as sondagens, esse produto "burguês", deram ao BE esperanças de subidas e ei-lo, ainda mais arrogante, a falar do alto da burra sobre todas as matérias urbi et orbi. Será que já sonha que a maioria absoluta vai ser bloquista?
Se ele diz que o povo votante não é tolo, até pode ter razão. É que o BE, em resultado do voto, existe numa franja lisboeta e pouco mais.

Anónimo disse...

O DO é produto made in PC

Anónimo disse...

Em relação às deduções (não defendi o seu fim), não foi esse o argumento central, mas o do facto que pode deduzir mais quem mais gasta - o argumento do seu chefe, portanto. Tenho de melhorar um pouco mais a simplificação dos argumentos. Esqueço-me sempre que há telespectadores como o Miguel Abrantes, com dificuldade em acompanhar uma ideia.

Anónimo disse...

há um ponto para mim inquestionável nestas questões...

é que a direita ataca à direita, óbvioi

mas também à esquerda, e com esta versatibilidade radical que aqui se documenta

abraço

A. Moura Pinto disse...

Uma indignação, face a comentário anterior: o DO numa casta elitista? Não que o não desejasse.Mas como? Só numa elite de boqueiros. E bocas não são, de facto, ideias dignas de serem acompanhadas. Há que evitar ficar ao nível do DO. Tenham dó.

Anónimo disse...

Meus caros, tudo que venha do lado do social-fascismo, no qual incluo obviamente os meninos do be,nada é de aceitar, tudo cheira a negro, a populismo e a demagogia aliado à pretensa instalação de um regime DITATORIAL.