Ricardo, um professor do 5 Dias, ocupa os tempos livres a dar conta dos seus devaneios sobre a educação, vagueando entre o disparate e a grosseria. Um dia destes, o dito Ricardo revelou que exerce uma “actividade profissional, paralela ao ensino”. Veio-me à cachimónia que poderia ser essa a razão para tão profundo mal-estar: a “escola a tempo inteiro”, uma das marcas da actual política de educação, prejudica gravemente os tempos livres e outras actividades paralelas ao ensino.
Ia-me saindo cara a brincadeira de admitir este nexo de causalidade. Para começo de conversa, levei com dois posts, num dos quais o docente é comparado a Vergílio Ferreira (e a um cavalheiro francês nascido em Casablanca). Seguiu-se o massacre: os companheiros do 5 Dias vieram por aí fora e assentaram arraiais na caixa de comentários.
Não falei do que o professor Ricardo faz para que o mundo pule e avance. Falei da “escola a tempo inteiro”. E, a menos que o Carlos Vidal dê finalmente início à guerrilha urbana, creio que ela tem condições para sobreviver.
1 comentário :
Esse Vidal e todos como ele, que refutam e condenam a "escola a tempo inteiro",foi das melhores medidas que o ME aplicou em beneficiodo aluno, é gente que não merece o que ganha e muito menos ser professor.
Quem não aceita essa e outras medidas a bem do aluno e da escola publica, só tem um caminho a seguir, é mudar de ramo e de actividade.A ética assim o exige.
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