sábado, abril 25, 2009

25 de Abril – sempre?

Ao ouvir entrevistas e reportagens ou a ler blogues, parece que o 25 de Abril é, na hora actual, um acontecimento que não é contestado por ninguém. Puro engano. Veja-se o que pensa o mais importante dirigente dos chamados movimentos dos professores, Ilídio Trindade, que contesta a política em defesa da Escola Pública:
    DIREITOS OU A FALTA DELES?

    Convém sempre lembrar e saber que antes do 25 de Abril que encheu de direitos toda a gente, os professores amordaçados pelo regime fascista:

    - Tinham menos horas semanais na escola do que agora!

    - Tinham direito a duas faltas por mês!

    - Algumas reuniões eram pagas como trabalho extraordinário!

    - Não havia avaliação de professores, subiam na carreira por antiguidade!

    - Era bem mais fácil dar aulas, os alunos respeitavam os professores!

    - O prestígio dos professores era incomparavelmente maior!

    - Os alunos sabiam muito mais!

    - Os alunos dos colégios, mesmo os da igreja, tinham de fazer exames no ensino público para passarem de ano (não havia a batota de agora: quem tem dinheiro vai para colégios e tem notas altas).

    - Qualquer pessoa com valor tinha acesso a um ensino de elevada qualidade nos liceus ou nas escolas comerciais/industriais!

3 comentários :

Francisco Clamote disse...

Lê-se e não se acredita. E, todavia, é verdade. "Hélas"!

Anónimo disse...

Não, não é verdade. Eu comecei a dar aulas em pleno fascismo (1969) e era assim:
- a permanência na escola era de 30 horas semanais, sempre a dar aulas, sábados de tarde incluídos!
- não havia direito nenhum a duas faltas po mês, só se podia faltar com atestado médico. As 2 faltas po mês só surgiram depois do 25 de Abril.
- as reuniões eram obrigatórias, pós laborais e qual pagamento qual carapuça!
- havia avaliação de professores, feita pelos Directores de Ciclo e pelos Reitores, sem direito a protestar e completamente arbitrária.
- os alunos faziam o mesmo que fazem agora, tudo dependia da autoridade do professor.
- o prestígio dos professores era tão "grande" que Óscar Lopees, especialista em Literatura,(e só para citar um exemplo)estava proibido de dar aulas por ser considerado comunista!
- os alunos não sabiam mais.
- muita, muitíssima gente de valor não tinha acesso ao ensino, porque não tinha dinheiro para isso.

Onde estava esta besta deste professor, no 25 de Abril?

Anónimo disse...

Só faltou, ao "Setôr" falar nos chorudos ordenados de outrora e os de miséria dos nossos dias