Humildemente, Sua Ex-Majestade Souto Moura veio confessar (de acordo com o que li na crónica de Ricardo Costa no Expresso) que apenas foi responsável por 30 por cento dos fracassos da sua corporação. Fica-lhe bem a modéstia e não nos custa nada acreditar que a sua responsabilidade não exceda a percentagem que indica.
Mas é bom não esquecer que, como notou o seu sucessor, sendo o Ministério Público um poder feudal, proliferam os condes, os viscondes, as marquesas e os duques, que podem reivindicar o seu quinhão do insucesso. Só à sua conta, o duque Cluny deverá responder por 50 por cento dos fracassos. E o resto não será difícil distribuir.
1 comentário :
Mas quem acredita nesta gente instrumentalizada a partir do sindicato? Sempre assim foi desde o 25 de abril.
Antes, eram comandados pelo regime fascista. É um habito da casa.
Alias, aquilo que afirmo vem na sequencia de varias declarações dos varios MP ao longo dos anos, reconfirmadas pelo actual e pelo anterior.
Nenhum dos responsaveis pelo MP teve a ousadia e a coragem de afrontar o sindicalismo corporativo, que domina a vida interna da Instituição. Por isso a situação de certa anormalidade e confrontação interna mantem-se.
Só com o fim do sindicalismo corporativo, haverá condições para que o MP seja uma casa em ordem e de qualidade profissional, coisa que não acontece.
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