- • Emídio Fernando, As tréguas da Páscoa para um animal ferido:
- “(…) Sócrates anda na política há umas boas dezenas de anos, mas foi necessária a leve suspeita de que poderia ser candidato à liderança do PS para se iniciar campanhas sucessivas que ameaçam não parar. Até hoje. Mesmo antes de ser eleito secretário-geral do PS, Sócrates enfrentava um rumor sobre as suas preferências sexuais; em plena campanha eleitoral – que lhe deu maioria absoluta – suportou o início do caso Freeport; já eleito primeiro-ministro, e durante estes anos, vem defrontando insinuações rasteiras e outras alusões às casas de Guarda, à licenciatura, ao mestrado, à compra de casas, de novo, ao Freeport, a negócios na Covilhã; pelo meio, até houve direito a uma torpe insinuação feita por uma revista através de uma foto dele com o irmão; nem sequer escaparam os alegados envolvimentos, com outras tantas perfídias, da actual família – pai, mãe, tio, primo, irmão – até a antiga – ex-sogro, ex-mulher; só falta agora descobrir que os filhos roubam lápis de cor no colégio.
Não sei se me falha a memória, mas não me recordo de assistir a uma campanha metódica, ininterrupta, insidiosa e sufocante contra um político em Portugal como esta que se está a assistir. E, no entanto, não o mataram.
E enquanto o mundo da investigação jornalística se entretém com José Sócrates, vão escapando, por entre os pingos de chuva, ex-governantes que chegaram pobres aos seus anteriores cargos e hoje estão ricos.
Aquilo que assisti durante um ou outro fim-de-semana, com início nas noites de sexta-feira, enoja-me como jornalista. E envergonha-me. A Páscoa trouxe umas tréguas, mas desconfio que foi apenas um intervalo. A campanha começa dentro de momentos. Se não for com o freeport, há-de ser com outra coisa qualquer.”
• Miguel Marujo, Breve pausa em sábado de aleluia a ler jornais:
- “O jornal esquizofrénico. Hoje o Público devolve uma lei "para a lista das mais idiotas do mundo", pela pena de José Manuel Fernandes, que ontem o Público aplaudia, pela escrita de Nuno Pacheco. Conclusão: Pacheco Pereira sai hoje vingado no seu índice de situacionismo.”
• Sofia Loureiro dos Santos, Liberdade condicionada:
- “De facto as pressões e as tentativas de censura existem, mas não aquelas que todos os dias se anunciam. A defesa do direito à honra e ao bom nome é uma obrigação de todos os que acreditam num estado de direito. Porque qualquer um de nós pode ser atingido pela lama.”
• Eduardo Pitta, CASTELOS DE AREIA
• f., volta, ribau, tás perdoado
• Francisco Almeida Leite, O Mourinho de Cavaco dedica-se a negócios do frio
• Francisco Clamote, Falando cá com os meus botões
• Hugo Mendes, A Suécia e a Hungria num só país
• jmf, A impunidade dos poderes mediático e jucidial
• João Villalobos, Descobri a pólvora
• Marina Costa Lobo, Não Há Trade-off entre Convergência Real e Nominal
• Miguel Carvalho, Resposta antiga do Público II
• Paulo Querido, Sobre o futuro dos jornais e do jornalismo
• Pedro Adão e Silva, O Estado de direito tem dias
• Pedro Rolo Duarte, Afinal a Cicciolina não entrava no filme
• Pedro Vieira, fruta da época
• Val, O triunfo dos escaganifobéticos, I e II
• Vital Moreira, Um pouco mais de jornalismo, sff
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