domingo, maio 31, 2009

A condecoração de que a IV República não prescinde

Arrumava o Dr. Pinho Cardãovária documentação antiga” quando descobre uma entrevista de Teixeira dos Santos — estávamos então entregues à governação PSD/CDS —, na qual o futuro ministro das Finanças se congratulava por não terem acontecido “casos como o da Eron ou da Parmalat” em Portugal. O Dr. Pinho Cardão, melindrado, desabafa: “Pois é: nunca tivemos casos, estamos atentos, nada de preocupações...A vida é bela!...

Tem razão Pinho Cardão em reclamar a condecoração: uns anos antes, tinha sucedido o escândalo do Central Banco de Investimento (CBI), que obrigou a que os seus activos e passivos tivessem de ser absorvidos pela Caixa Central de Crédito Agrícola. O presidente do banco era Tavares Moreira (distinto dirigente do PSD e companheiro de Pinho Cardão no IV República), que esteve interdito de exercer funções bancárias em consequência das peripécias em que esteve envolvido. O seu a seu dono.

Esclarecimento do Dr. Pinho Cardão:
    Meu caro Miguel Abrantes:
    Como saberá, o Dr. Tavares Moreira era o Presidente, com funções não executivas, e nada teve a ver directamente com o assunto a que aludiu. Recorreu para os Tribunais da decisão do Banco de Portugal.Tudo indica que venha a ser totalmente ilibado, depois de sentença recente do Tribunal da Relação.
    Nem sempre o Banco de Portugal tem razão, como mais uma vez se está em vias de provar. E sobretudo gostaria de saber como é que se repara o mal irreparável que foi feito ao DR. Tavares Moreira.
    Por mais inocentado que seja nos Tribunais, não se vai livrar de continuar a ser injuriado. Admito perfeitamente que a alusão no texto não tenha sido feita de má fé, mas é um exemplo de como as notícias se reproduzem, sem atender à objectividade dos factos.

1 comentário :

Pinho Cardão disse...

Meu caro Miguel Abrantes:
Como saberá, o Dr. Tavares Moreira era o Presidente, com funções não executivas, e nada teve a ver directamente com o assunto a que aludiu. Recorreu para os Tribunais da decisão do Banco de Portugal.Tudo indica que venha a ser totalmente ilibado, depois de sentença recente do Tribunal da Relação.
Nem sempre o Banco de Portugal tem razão, como mais uma vez se está em vias de provar. E sobretudo gostaria de saber como é que se repara o mal irreparável que foi feito ao DR. Tavares Moreira.
Por mais inocentado que seja nos Tribunais, não se vai livrar de continuar a ser injuriado. Admito perfeitamente que a alusão no texto não tenha sido feita de má fé, mas é um exemplo de como as notícias se reproduzem, sem atender à objectividade dos factos.