DCIAP em peso testemunha o momento exacto da pressão vinda do outro lado da linha
Na quinta-feira, a Visão [p. 15] dava conta de que Lopes da Mota está “em maus lençóis”. Hoje, o jornal i confirma. Correrá, portanto, pelas redacções dos jornais um rascunho elaborado pelo inspector Vítor Santos Silva, encarregue pelo procurador-geral da República de medir a pressão.
A Visão sabe que “todas as pessoas inquiridas por Santos Silva confirmaram terem os dois magistrados encarregados do caso Freeport sido intimados no sentido de arquivarem os autos com referências a José Sócrates.” Mas quem são essas “todas pessoas”? A Visão assegura que são os próprios dois ex-sindicalistas que têm o processo em mãos, o presidente do sindicato, João Palma, e Carlos Alexandre, o Gárzon a que temos direito.
Acontece que o novo i afiança que o Gárzon doméstico, esse ente independente e acima das partes, não confraterniza apenas com os dois magistrados do Ministério Público, uma vez que as pressões teriam sido feitas na presença de Maria Alice Fernandes, a polícia que foi a autora moral da carta anónima escrita logo após Sócrates ter sido eleito secretário-geral do PS, e de outra polícia, Carla Gomes de sua graça.
Não sei como classificar estas notícias. Estaremos em presença de pressões, naturalmente legítimas porque feitas em nome do Bem? E não será uma enorme injustiça considerar ter havido violação do segredo de justiça, porque os fins justificam os meios?
3 comentários :
O mp está transformado num enorme manicomio, onde a demencia pelas pressões levam a atitudes consideradas fora da lei.
Será que a existencia do MP como ele está,como funciona(?) é necessario em Portugal? Na minha modesta opinião acho que não.
Urge por isso a criação de um outro MP, completamente renovado e com gente capaz de defender os reais interesses do Estado.
Este Ministério Público deu o que tinha a dar. Não é uma magistratura, digo-o com pena dos muitos procuradores que pelo país fora dão o corpo ao manifesto.
Magistratura ou manada?
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