“A quarta reflexão é preocupante: às tantas Constâncio disse que se o PGR (na altura Souto Moura) tivesse partilhado informação com o Banco de Portugal, as fraudes do Banco Insular não teriam chegado tão longe. Vale a pena meditar nisto. Porque, quando as entidades de supervisão/investigação levam longe de mais o conceito de "quintas", quem se fica a rir são os ladrões.”
“(…) os exemplos passados parecem não servir de nenhuma lição para o presente. A cada novo projecto renovam-se as oposições e as resistências. O que espanta nestas polémicas é a combinação do oportunismo político com a irracionalidade e o populismo, jogando com a ignorância e com o medo em relação ao futuro, mesmo quando os estudos mais cautelosos asseguram a viabilidade financeira dos empreendimentos e os seus benefícios económicos e sociais a longo prazo. O novo argumento conservador é o da "sobrecarga sobre as gerações futuras", como se não fosse justo que elas compartilhassem dos custos das infra-estruturas de que irão beneficiar, na medida justamente em que delas irão usufruir, tal como as gerações presentes pagam o proveito que tiram das infra-estruturas herdadas do passado (auto-estradas, pontes, redes de electricidade e de gás, etc.). O que é de lamentar mesmo é que outras infra-estruturas tivessem ficado por realizar mais cedo, como sucede justamente com o novo aeroporto de Lisboa (a sofrer dispendiosos remendos há vários anos) e com a nova rede ferroviária de bitola europeia, que a Espanha iniciou em 1992!”
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