O BE propõe que sejam investidos 500 milhões de euros na reabilitação de 100 mil casas. Não é a “medida” em si que está em causa, até porque ela não destoa das medidas adoptadas pelo Governo para utilizar o investimento público como alavanca para o relançamento da economia.
O que surpreende é a falta de consistência da “medida”, tendo em conta que, em simultâneo, se propõem coisas distintas.
Veja-se o que diz o PROGRAMA PARA UM GOVERNO QUE RESPONDA À URGÊNCIA DA CRISE SOCIAL — A POLÍTICA SOCIALISTA PARA PORTUGAL (p. 51):
- “Considerando os preços médios de reabilitação, este programa deve investir 500 milhões de euros durante cinco anos, para conseguir reabilitar 100 mil casas e apoiar com juros bonificados a reconstrução de outras 100 mil. Esta profunda reforma urbana requer um investimento público imediato mas também constrói um efeito de longo prazo na alteração do acesso à habitação.”
Entretanto, na interpelação ao Governo na Assembleia da República, o BE, pela voz de Luís Fazenda, deixa cair a “reconstrução de outras 100 mil” casas, mantém o valor do investimento proposto e reduz de cinco anos para um ano o período durante o qual deve ser feito o investimento:
- “O custo deste investimento na reabilitação de 100 mil casas chegará aos 500 milhões num ano. Mas responde à prioridade: cria procura, cria emprego, traz de novo as pessoas para as cidades, dá oportunidades aos jovens, reduz as deslocações pendulares, melhora os rendimentos das famílias. É esse o efeito multiplicador de uma política que cresce contra a crise.”
3 comentários :
Importa é promoeter.
É o que se chama atirar numeros avulso...á toa
Contas à Louçã!
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