sexta-feira, agosto 07, 2009

A carta esquecida…


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Recordam-se do negócio dos CTT, no qual aparece envolvida uma chusma de dirigentes (e afins) do PSD (cf. aqui e aqui), designadamente Carlos Horta e Costa, que foi secretário-geral do partido no consulado de Marcelo e membro da comissão política no tempo de Marques Mendes, entre outros cargos de relevo na São Caetano?

Pois bem, agora a Polícia Judiciária descobriu que se esquecera de analisar as declarações de um dos envolvidos na negociata, que faz referências várias à nossa Dr.ª Manuela, uma entusiasta do fecho do negócio.

A história é contada no luminoso Sol de hoje. Eis o artigo:
    Carta esquecida

    Intermediário no negócio do 'caso CTT' refere políticos, entre eles Ferreira Leite

    A POLÍCIA Judiciária, que já concluiu o relatório final do caso da venda dos edifícios dos CTT em Coimbra e em Lisboa, ponderou, já no final da investigação, ouvir um intermediário no negócio, o empresário português sedeado em Inglaterra Ruy Manuel Silva, que denunciara, logo de início, parte dos factos apurados neste caso.

    O referido empresário escrevera uma carta apreendida em 2006 durante várias buscas realizadas pela PJ -, na qual relatava o modus operandi dos envolvidos neste caso. Na altura, porém, os inspectores consideraram o teor do documento como «fantasioso» e não lhe deram importância.

    Já no final da investigação, com a maior parte da prova reunida, a PJ voltou a pegar na carta, tendo então verificado que o que lá estava «batia certo com o que tinha sido provado», relativamente às relações entre empresários e gestores públicos e aos pagamentos feitos por conta da venda dos edifícios dos CTT, disse ao SOL fonte conhecedora do processo. A carta voltou a ser analisada, tendo sido colocado à consideração do Ministério Público a possibilidade de ouvir Ruy Manuel Silva - que entretanto fugiu para o Brasil por ter vários processos crime pendentes em Portugal. Isto para investigar, entre outras coisas, as referências que o empresário fazia na carta às ligações dos envolvidos no caso com políticos e governantes da altura. Numa dessas referências, o empresário fala de Manuela Ferreira Leite, então ministra das Finanças, que alegadamente terá contactado os envolvidos no negócio dos CTT «informando que o valor (da venda dos imóveis) seria muito importante para a sua inclusão nas contas do Estado português, até ao dia 31 de Dezembro (de 2003). A carta está no processo desde 2006, tendo sido apreendida nas buscas realizadas pela PJ à residência e ao escritório de Júlio Macedo e Pedro Garcez - os sócios da empresa TCN e da Demagre, a quem os CTT venderam os edifício de Coimbra e de Lisboa. Nessa altura, quando a carta foi descoberta, os dois sócios queixaram-se de ter sido burlados por Ruy Manuel Silva - que, contaram então, seria intermediário de empresários ingleses interessados em comprar à TCN o edifício da Avenida da República.

    Este edifício foi alvo de uma estranha operação de compra e venda, como revelou o SOL há três semanas - tendo sido pago pela TCN com um cheque de 12,5 milhões de euros, nos últimos dias de Dezembro de 2003, que não tinha cobertura.

    Macedo e Garcez disseram, depois da carta ser apreendida, que Silva lhes garantira um comprador para o edifício, pelo que passaram o referido cheque na «boa-fé» de que o negócio posterior se iria concretizar.

    A versão que Ruy Manuel Silva apresenta nesta carta é muito diferente. Diz ter sido contactado pelos dois sócios para abrir sociedades em Inglaterra, por onde passariam os negócios da TCN. Negócios que envolviam, invariavelmente, a compra de património do Estado, que então iria ser vendido por vários ministérios.

    Numa reunião relatada na carta, realizada a 22 de Dezembro de 2003, os sócios da TCN «referiram estar a negociar a aquisição de outros edifícios do Estado, nomeadamente junto dos ministros da Justiça, Segurança Social e Defesa (todos do CDS/PP), dado o domínio que tinham pelos responsáveis das referidas pastas! E recordo quando referiram que em cada operação/transacção tinham o cuidado de estabelecer movimentos concertados junto da oposição (Partido Socialista), proporcionando a todos, directa ou indirectamente envolvidos, remunerações». Fontes judiciais consideram que será difícil investigar estas alegadas ligações mas realçam que essa decisão está nas mãos do MP.’

3 comentários :

Carlos Esperança disse...

E isto não abre telejornais?

A central de intoxicação inventa provas mas recusa-se a incluir factos.

xico ribeiro disse...

O PSD é um antrio de podridão corrupta que tem causados DANOS TERRIVEIS A ESTE PAÍS.

Essa gente não merece o voto da gente SERIA E TRABALHADORA.

So vota neles quem está na vida como eles.Foder o proxima em proveiro proprio.

Anónimo disse...

cuidado q há maçonaria ps nisto...