- ‘O Presidente da República afirmou aos jornalistas, a propósito de eventuais escutas em Belém, que um dos seus traços não é a ingenuidade.
Ora, depois da decisão de afastar um assessor e da confirmação oficiosa da conspiração a partir de Belém para derrotar o PS nas eleições legislativas, vale a pena dizer ao Presidente que os portugueses também não são ingénuos.
(…)
O primeiro a desmentir-se foi o director do "Público", porque, afinal, não teria existido uma violação do sistema informático do jornal. O segundo foi o próprio Presidente ao demitir o assessor Fernando Lima, a forma encontrada para dizer ao país que a conspiração não tinha tido a sua participação ou conhecimento e limitar, assim, os danos deste caso, já óbvios.
A decisão de demitir Fernando Lima - que não é um caso particular da Presidência, como afirmou Manuela Ferreira Leite para justificar o seu silêncio sobre o caso - confirma a existência de uma conspiração a partir de Belém contra o primeiro-ministro, afecta a imagem do "Público" neste processo pela forma como o seu director assumiu ‘as dores' da Presidência, arrasta o PSD neste pântano institucional e partidário e, mais grave, põe em causa a sua própria autoridade e independência políticas.’
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