terça-feira, setembro 22, 2009

Os professores sabem o que é a asfixia à séria


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Era ministro da Educação de Cavaco Couto dos Santos, actual cabeça de lista do PSD pelo distrito de Aveiro (e cônsul da Rússia de Putin no Porto). Professores e estudantes em luta não deixavam Cavaco (e o seu Governo) trabalhar. Nada que não se resolvesse com um despacho a proibir, sem a prévia autorização do ministro Couto dos Santos, resposta a pedidos de esclarecimentos e de informações, fornecimento de dados ou de quaisquer outros elementos, todas as declarações, entrevistas ou quaisquer outras intervenções.

É assim que foi publicado o Despacho nº 18-I/ME/92, de 2 de Abril de 1992. A Dr.ª Manuela, tendo substituído Couto dos Santos no auge da balbúrdia no Ministério da Educação, deu-se bem com o despacho da mordaça que proibia que funcionários e professores falassem aos media.

O despacho da mordaça foi apenas revogado pelo Governo de Guterres.

Acresce que a Dr.ª Manuela, não satisfeita com os efeitos do silenciamento dos professores e funcionários, proibiu a visita de políticos aos estabelecimentos de ensino, tendo impedido que, em 1995, o futuro primeiro-ministro Guterres se pudesse deslocar a uma escola, o que a líder do PSD tem, na hora actual, feito sempre que o deseja.

3 comentários :

Francisco Clamote disse...

Só é pena, Caro Miguel Abrantes, que, devido à "asfixia democrática", este despacho do ex-ministro da Educação, Couto dos Santos (agora cabeça de Lista do PSD por Aveiro) não tenha conhecido mais ampla divulgação.
Saudações cordiais.

Bruno S. disse...

Pena, pena, tenho eu que o Sócrates não tenha enfiado com esses dois despachos nas fuças da senhora durante o debate. Ia logo a asfixia com o raio que a parta.

Anónimo disse...

Asfixia democrática?

Com a Verdade me enganas.

Metam-ne lá e o comandante em Belém e logo vêem o que é asfixia democrática...

A boca já lhe fugiu para a Verdade: SUSPENSÃO DA DEMOCRACIA.