quarta-feira, novembro 18, 2009

Leituras

• João Pinto e Castro, Como fazer o Estado trabalhar mesmo mal:
    Na segunda metade dos anos 80, teve início um processo de progressivo esvaziamento dos departamentos de estudos e planeamento de diversos ministérios. Há que reconhecer uma certa dose de racionalidade na decisão. Nem o Estado precisa de imponentes núcleos de técnicos de variadas especialidades cuja utilização oscila muito de ano para ano, nem tem condições para remunerar adequadamente os mais qualificados dentre eles. Compreende-se, por isso, que recorra com regularidade aos serviços de centros de investigação universitários, empresas de consultoria ou gabinetes de projectos.

    O problema é que essa racionalização foi demasiado longe, transformada num dogma inquestionável que perdeu de vista o seu propósito inicial. De modo que, hoje em dia, o Estado encontra-se destituído de competências técnicas efectivas em áreas cada vez mais numerosas.

    Esta evolução foi propiciada por doutrinas, tão pacóvias como nefastas, segundo as quais o Estado não necessita de definir estratégias próprias de actuação, limitando-se a responder às solicitações da sociedade civil. O resultado desse liberalismo mal assimilado está à vista de todos: muitas e relevantes instituições estatais carecem de um pensamento próprio acerca da área em que actuam, limitando-se, por isso, a prosseguir políticas e a distribuir recursos sem outro critério visível que não seja o de agradar às associações empresariais e aos lóbis mais influentes.

    Os últimos anos têm vindo a comprovar, de modo cada vez mais evidente, os prejuízos resultantes da desvalorização das competências técnicas do Estado. Destacarei três razões por que este estado de coisas não pode continuar.

1 comentário :

Anónimo disse...

RESULTADO:
a)Um aeroporto de localização digna de uma equipa de mentecaptos (Ota).
Nem a Força Aérea foram capazes de consultar. Tinham 'medo'.
b)Uma rede TGV, vendida por Aznar na Figueira da Foz.
Ao mentecapto do Barroso.
Com as oposições a aplaudir.
c)Uma rede de auto-estradas, sem custos para o utilizador. Pois...
Uma nova lei da Economia: em Portugal, passou a haver almoços grátis.
Bmonteiro