- ‘O que é que explica o nível relativamente baixo de desenvolvimento de Portugal? Má gestão dos recursos? Ou recursos limitados? É por sermos pouco qualificados que estamos atrás dos países europeus? Ou será que é por termos um mau sistema de justiça, empresas pequenas, e baixo investimento?
(...)
O caso de Portugal é o contrário do destes países. O rendimento per capita é até superior ao que as suas qualificações levariam a prever. O que é que isto significa?
Significa, em primeiro lugar, que o País não pode estar a ser assim tão mal gerido, como muitos afirmam.
Significa também que, apesar de devermos continuar a melhorar as nossas capacidades tecnológicas, infra-estruturas, quadro legal e a desburocratizar, facilitando a actividade das empresas, não será fácil convergirmos muito mais se não melhorarmos radicalmente as nossas qualificações.
Esta é uma área em que o Governo está empenhado em fazer reformas para melhorar a qualidade. E bem. Existe também a aposta em estender a escolaridade obrigatória até ao 12º ano. E deve haver também uma aposta maior no Ensino Superior. As novas oportunidades podem ajudar a reconverter pessoas mais velhas.
No entanto, é preciso salientar que não se deve esperar resultados imediatos. Muito do que melhorar hoje só terá impacto dentro de dez ou vinte anos. Esta é uma área em que todos temos de nos mobilizar e investir, mesmo sabendo que os resultados vão demorar a chegar.’
4 comentários :
O problema das qualificações dos trabalhadores é muito importante,contudo o que se verifica e isso penaliza muito mais é a falta de qualificações de muitos empresários.Habituados a viver sempre á beira da mesa do orçamento,pedem tudo,apoios,reduções de impostos,desregulação do mercado de trabalho e até o não aumento de 25 euros mensais aos trabalhadores,alguns com o 12ºano,que ganham o ordenado minimo.
as escutas ilegais devem ser imediatamente destruídas, sob pena de admitirmos efeitos de actos ilegais. O argumento da utilidade de tais escutas para a defesa não procede, pois estão em causa escutas de que um arguido, suspeito ou terceiro nunca deveria ter sido alvo e que nunca poderiam ter sido ordenadas no interesse da defesa.
Conservar as escutas ilegais é pactuar com a ilegalidade e permitir a descredibilização do sistema judicial, dada a comprovada incapacidade de preservar o segredo de justiça.
Está correcto o diagnostico de Ana Costa. Existem muitos problemas relativos a estas questões. Mas a qualidade média dos nossos empresários deixa muito a desejar. A maior parte deles vê a a qualificação dos trabalhadores com um custo para a organização. A formação profissional um peso desnecessário no orçamento, afinal para quê ter trabalhadore mais capazes se a intenção é a de pagar o minimo possivel?
O modelo instituído é o dos baixos salários, daí esse "Sr" que proferiu há pouco essas palavras ocupar um lugar de destaque numa conhecida organização patronal. Cncerteza que o seu vencimento não será aumentado em mais de 3 €. Ele será o exemplo para todos os empresários.
Quantos às novas oportunidades, eu chamo-lhes as novas barbaridades. Não me façam rir. Mas aquilo qualifica alguèm? há sim, qualifica a estatistica nada mais. Mais aposta no ensino superior? caro amigo, sabe qual a percentagem de licenciados que estão actualmente no desemprego? só se aposta for de adequar a oferta ás efectivas necessidade do mercado de trabalho. Mas isso isso amigo não disse e isso ninguém quererá fazer. Teriam que encerrar alguns negócios proveitosos feitos à conta da ingenuidade de muita gente.
Julgo que colocar a "qualificação" como equivalente de "escolaridade" é um erro terrivel.
Precisamos de recursos qualificados em áreas onde possam ser produtivos em Portugal.
A confusão com "escolaridade" é que dá origem ás "novas oportunidades" e pior ainda a milhares de licenciados em cursos cujo destino é o desemprego ou a caixa do continente.
Miguel
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