"Então, vamos?", ouço mal atendo o telefone. O João Magalhães anda nesta vida há menos tempo e ainda revela alguma dificuldade em distinguir a obra-prima do mestre da prima do mestre-de-obras. Procuro persuadi-lo a não aceitar o convite para o repasto: o Bull Barbosa é a prova viva de que o Dr. Paulo Teixeira Pinto ainda tem muito trabalhinho pela frente para arrumar a casa; o assessor Rodrigo, a perorar do alto do seu metro e quarenta e sete, faria o João convencer-se de que estava em Gaza, sob sucessivas rajadas de perdigotos. O meu parceiro correria ainda o risco de eles se fazerem acompanhar do macilento Afonso, que, se não desatarraxasse o cilício, poderia perverter o ambiente com as peripécias da enfermeira Solange Gomes em poses mais ousadas. Quereria o João manchar a sua reputação para sempre, ao poder ser visto em alegre cavaqueira com os pachequinhos, num país tão pequeno em que toda a gente se conhece? Acho que o João acabará por lhes fazer uma interessante sugestão alternativa: discutam política e deixem-se de se comportar como alcoviteiros.
PS — É verdade que recebi um convite do Pedro Rolo Duarte, mas não foi o único convite. Mas nenhum dos outros jornalistas fez insinuações gratuitas ou pressões e todos eles têm tido um comportamento decente, não revelando supostas (esta aprendi-a no sábado, com Fernando Lima) conversas privadas.
3 comentários :
Aceitar o "convite" para o almoço seria um erro de palmatória. Acaso o João Magalhães não consegue ver que essa gente está de má-fé?
O DN não tem problemas em divulgar conversas privadas.
Ainda bem que o DN não tem problemas em divulgar "conversas privadas" nas quais a presidência é apanhada a conspirar com um jornal noticias falsas para retirar beneficios eleitorais para o PPD!
Talvez um dos jornalistas do Público tenha ganho espinha e percebido q a coisa correcta a fazer era enviar aquele email para um jornal onde não se fabricam noticias!
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