- • Val, Aveiro Disconnection:
- ‘Os mais assanhados no ataque a Sócrates através das escutas, como Pinto de Albuquerque ou Pedro Lomba, são especialistas em direito. Não se trata de um acaso, pois a armadilha em que apanharam o Primeiro-Ministro é obra de juristas. Trata-se de uma manobra que garantiria sempre um ganho para o atacante. No 1º cenário, Pinto Monteiro teria validado a suspeita e aberto processo-crime. Aqui, o PS teria perdido as eleições Legislativas para o PSD independentemente do desfecho do caso. No 2º cenário, Pinto Monteiro não validava a suspeita, mas seria obrigado a revelar as escutas, dessa forma conseguindo atingir-se Sócrates e provocar o seu afastamento do Governo ou extrema fragilidade política para Governo e PS.
O que defendo nesta reflexão é a tese de uma intencionalidade política na existência de escutas ilegais a um Primeiro-Ministro em ano com três eleições – escutas essas que estão sujeitas a fugas para a imprensa, partidos e particulares – e as quais permitiram uma exploração difamatória que chegou ao Parlamento pela voz da Presidente do maior partido da oposição. Os ataques sem vergonha a Pinto Monteiro e Noronha do Nascimento, pelos publicistas do PSD, exibem um assanhamento ressabiado que só intensifica a hipótese. O sustentáculo dos meus raciocínios é exactamente o mesmo que os pulhas apregoam: os magistrados em Aveiro não estão loucos nem são parvos. Ora, os de Lisboa também não. E como estes desdizem os outros, e estes têm maior autoridade – logo, maior responsabilidade – do que os primeiros, só resta seguir o rasto dos beneficiários com a tramóia.’
• f., 2010
• Francisco Clamote, "Abyssus abyssum invocat"
• Isabel Moreira, Entre a análise jurídica e a análise política. Da não concretização.
• jmf, 2009, balanço
• Jorge Bateira, Politicamente, 2010 começa mesmo mal
• Miguel Marujo, A trincheira relativa
• Nik, Literatura de banqueiros
• Sérgio de Almeida Correia, BENDITO DIÁRIO DE NOTÍCIAS
• Val, Rastilhos
Sem comentários :
Enviar um comentário