Crespologia (a trama adensa-se...)

O Expresso só conseguiu falar com "fontes" do grupo de media de que faz parte.
O Correio da Manhã, não só conseguiu falar com um dos protagonistas da história (Nuno Santos), como com o presidente do grupo Impresa.
E que diz Nuno Santos? "Estávamos em mesas diferentes e a conversa não se passou da forma como é descrita [por Crespo]".

Mas o Correio da Manhã decidiu falar com o mais recente protagonista da história - o inacreditável Medina Carreira, outro que José Sócrates também quereria "solucionar", nas palavras de Crespo.
Medina, no assomo anual de lucidez que o caracteriza, disparou mortalmente sobre Mário Crespo: "Não tenho tempo para perder com estas coisas".

E, como o Correio da Manhã é um jornal de investigação versátil, junta ainda duas informações muito relevantes à história:

1. "A conversa ocorreu dias depois de o CM ter publicado que Mário Crespo é testemunha no processo de Moura Guedes contra o primeiro-ministro."
[o que só confirma, como já suspeitávamos, que o tempo é filosoficamente uma coisa tramada - os dias sucedem-se uns aos outros e não há meio de conseguirmos parar a coisa...]

2. "Ontem, corriam rumores de que a decisão do ‘JN’ de não publicar o texto de Mário Crespo não foi tomada apenas pelo director, Leite Pereira."
[o que quer dizer que o CM teve acesso - vá lá saber-se como - à conversa que o director do Jornal de Notícias manteve com um paquete do seu jornal, enquanto tomava um cimbalino numa tasca das redondezas]