- ‘Acabo de passar por um cronista que rotula José Sócrates de “vilão”, antes de o considerar o PM mais odiado pela classe jornalística.
Como não sei se fiquei diante de uma opinião ou de um insulto, de um palpite ou de um arroto malcriado, fui ao dicionário para constatar que Sócrates ou não é de “linhagem nobre” como esse e outros jornalistas e comentadores que diariamente o enxovalham até pessoalmente, ou é grosseiro, ou desprezível ou abjecto.
As considerações desse cronista dão-me dois países: o dos jornalistas e compinchas convidados a opinar na diversa comunicação social, e o de Sócrates obrigado a comer e a calar, assim como eu que tenho de vergar perante tantas doses de falta de rigor, de parcialidade, de acinte, de azedume, de raiva e até de ódio.
Ou seja, uns têm o direito de dizer tudo o que lhes passa pela cabeça ou pela calva, e outros a obrigação de aturar isso e o mais.
E eu terei o direito de dizer que tudo isso é vergonhoso, aviltante e miserável? Que retrata principalmente o carácter dos autores? Que coloca o cidadão indefeso perante o silêncio e conivência do Sindicato dos Jornalistas? Que ofende qualquer conceito mínimo de Ética? Que constitui objectivamente abuso da liberdade de expressão? Que estamos no domínio da amoralidade que já não distingue o bom do mau, o decente do ordinário?
Isto sou a dizer – daqui da minha aldeia onde o cheiro do estrume lançado como adubo à terra fede menos do que crónicas e editoriais…
Como diz a Sophia, “as pessoas sensíveis não são capazes de matar galinhas/ porém são capazes de comer galinhas”…’
- Manuel T., Santa Maria da Feira
2 comentários :
Alguns "jornaleiros"parecem umas "primas donas",dizem e escrevem o que querem,ofendem quem lhes interessa,depois, quando são criticados,parecem umas putas finas,a quem não pagaram o serviço.Então,nesta sociedade,não se pode criticar um "jornaleiro",porra que merda vem a ser esta. Crespos,mouras guedes,monizes,balsemões e outros tantos,são uns MERDAS.É melhor ficar por aqui,que estou-me a passar dos carretos e posso escrever escrever o que não deva.
O Manuel T. acertou, mais uma vez, em cheio no alvo.E, como habitualmente, com brilho. Quem diria melhor ?
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