"Nos últimos comentários neste blogue encontramos três referências que merecem uma nota especial:
- A primeira compara o erro sintáctico cometido por Pacheco Pereira com o lapsus linguae de Jorge Coelho. Neste caso, tem plena razão o leitor do CC. Se o lapso de Coelho pode ser explicado pela verbalização apressada e impensada, o erro de Pacheco Pereira revela ignorância gramatical. Aliás, este erro é frequente, embora imperdoável em pessoas com formação superior. Uma segunda questão é levantada por um outro leitor que pretende que é uma redundância falar em “putativo futuro líder do PSD”, a propósito de Marcelo Rebelo de Sousa. Parece-me que o leitor não tem razão. “Putativo”, do latim, significa “imaginário”. O étimo é o verbo “putare”, que significa, precisamente, pensar no sentido de imaginar. Isso é distinto de “cogitare”, que também significa pensar, mas no sentido de raciocinar (“cogito, ergo sum” – Descartes). Ora, Marcelo Rebelo de Sousa pode ser um putativo líder do PSD passado, actual ou futuro. Na verdade, foi líder efectivo no passado, não é líder no presente e talvez seja líder putativo no futuro, se pensar que vai ser líder e não o conseguir. A terceira referência intermitente de um leitor vai para a célebre vychissoise de Marcelo. Tem razão o leitor, porquanto a vychissoise se serve fria e nem sequer é aquecida na preparação. Contudo, requentar significa, em sentido figurado, servir algo que já foi preparado anteriormente, que não constitui novidade. É nesse sentido que se fala em notícias requentadas e também se poderia falar de uma vychissoise requentada se ela não existisse apenas na imaginação prodigiosa do professor."
2 comentários :
A amostra, concedo, é pouco representativa para fazer um comentário ao provedor (quê?).
Mas arrisco, a benefício de futura palmatória.
E o comentário é este:
Ah grande provedor! O Miguel (quem?) tem sempre razão...
Mesmo quando não tem.
Amigos (quê?), pegai no pente, macaquinhos por aí não faltam.
E macacos. E macacões...
Muito bem.
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