- ‘Perante estes valores, que estão à vista de todos, pergunto: justifica-se o alarido acerca dos que vivem à boa vida, fazendo vida (e consumo!) de café, sem nada de útil para a sociedade, enquanto os demais se esforçam a trabalhar? Já alguém se deu ao trabalho de verificar que a taxa de fraudes no RSI não é superior à do subsídio de desemprego ou das baixas por alegada doença? A inserção escolar da grande maioria dos 150 mil menores dessas famílias não é, em si mesmo, um ganho social importante para quebrar o ciclo marginalizante da pobreza extrema?
Por um lado, indignamo-nos, justamente, com a existência de 1,9 milhões de portugueses (18%) a viverem, ainda hoje, abaixo do limiar de pobreza - actualmente fixado em 423 euros por mês. Mas sem o RSI, o complemento solidário para idoso (CSI) e o salário mínimo nos 475 euros não teríamos nós mais 900 mil pobres (26%), regredindo socialmente mais de uma década?
Por favor, haja seriedade! Parem com a demagogia!’
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