- ‘A imprensa francesa tem-se feito eco dos mais recentes ataques especulativos contra Portugal e não deixa de assinalar duas evidências: a radical diferença entre a situação portuguesa e a grega e, em alguns casos, o facto dos nossos índices não estarem muito distantes dos da França.’
- ‘Uma das tarefas da Zona Euro é evitar que a crise seja mais grave do que é, apenas por acção dos mercados financeiros. Os responsáveis políticos têm de romper rapidamente o circulo infernal e mortal que se alastra pelos países do euro e no qual já estão metidas as economias grega, portuguesa e espanhola. As taxas de financiamento das dívidas públicas aumentam porque os mercados desconfiam, as agências de "rating" agravam o risco porque a situação financeira se agravou por causa dos investidores financeiros, que por sua vez fogem ainda mais desses países, agravando ainda mais a sua situação financeira, que por sua vez leva as agências de "rating" a degradar de novo o risco do País, o que gera nova onda de pânico nos investidores... Um processo que só tem fim quando o alvo entra em colapso, como aconteceu em 1993, com o ataque à libra que levou o Banco de Inglaterra a ficar sem divisas.
Parar a máquina trucidadora em que se transformam os mercados financeiros exige dimensão. Ninguém faz este jogo com os Estados Unidos, são demasiado grandes. Ninguém faria este jogo com a Zona Euro se estivesse coesa.’
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