sexta-feira, abril 23, 2010

O Estado de direito e “os seus amigos” [2]



Ainda relativamente ao inquérito parlamentar ao caso TVI, o inefável deputado bloquista João Semedo — que disputa com Pacheco Pereira o estatuto de herdeiro de Andrey Vyshinsky — e o deputado do PCP João Oliveira também mostraram a sua raça democrática.

Sobre o silêncio de Rui Pedro Soares, ‘João Semedo (BE) considerou significativo Rui Pedro Soares considerar "que a procura da verdade o incrimina". Para o comunista João Oliveira, os não esclarecimentos do ex-gestor têm a consequência de validar o que outros digam sobre ele à comissão.

Ou seja, os dois deputados entendem que o exercício do direito ao silêncio, que é uma garantia constitucional, deve levar a inverter a presunção de inocência e a considerar culpado quem o exerce. Estamos entendidos…

2 comentários :

Anónimo disse...

A Justiça faz-se nos Tribunais. O que estes pulhas querem é fazer justiça numa comissão de folclore, enxovalhar as pessoas com o diz-que-disse e nada mais.
Os dinheiros dos contribuintes estão a ser gastos em palhaçadas em vez de contribuirem com proposta e soluções para os nossos problemas do dia-a-dia.

Quem se recorda da comissão de inquérito ao BPN, aí sim, todos sabemos envolve fraude de milhões e milhões de euros de fananço, assistimos a comissões em que eram tratados como se fossem virgens cândidas, com toda a delicadeza, quase pedindo desculpas pelo incómodo de trazer Oliveira e Costa, Dias Loureiro, entre outros, ali!!

E todos ouvimos o sr Oliveira e Costa dizer, sem qualquer peio que NÃO DISSE TUDO O QUE SEI!

O que sabemos é que esta bandalheira de "comissionários" não se escandalizaram ou mandaram processos para a PGR pelo silêncio confessado à descarada e à vontade por Oliveira e Costa!

Que critérios são estes?!
Que critérios são estes em que os implicados em roubos de milhões e mulhões são tratados com doçura pela oposição e os socialistas são tratados à pedrada?

Se querem ser justo tratem todos por igual, RESPEITAI OS PORTUGUESES.

Ze Maria disse...

Vão longe os tempos da primeira Republica onde muitos dos excessos do debate terminavam em duelos onde não consta - por mera sorte ou azar - alguém tenha morrido. No entanto a honra era algo sério e a palavra dada em seu nome era respeitada. A palavra "lavar a honra" praticamente desapareceu e não me consta que tal se deva à falta de "água". Em casos mais ligeiros não havia nada mais simples como uma boa cena de pugilato para resolver problemas com alguns papagaios de janela. Há um ditado popular que diz: "Se queres um amigo, da-lhe uma sova".Tempos de respeito e contenção verbal, leia-se educação, para com o seu semelhante.
Tudo isto a propósito da frase do infeliz deputado Semedo dirigindo-se a Rui Pedro Soares, depois da recusa deste em depor naquela "feira abjecta":
-"A sua recusa em depor mais parece uma desculpa esfarrapada"

Noutros tempos, talvez o senhor deputado tivesse o ensejo de constatar, mais depressa do que esperado, que há cadeira que voam e que os dentes incisivos são quebradiços....