Certo e sabido: quando o PSD não tem nada para dizer (ou as suas posições contraditórias começam a fazer mossa), regressa ao tema da revisão constitucional. E que há de novo para as bandas da São Caetano?
Paulo Teixeira Pinto, o monárquico que preside à revisão da Constituição no ano do centenário da República, vem acalmar o povo em geral: “o PSD não irá abrir qualquer possibilidade de serem introduzidas alterações ao texto fundamental no sentido de poderem vir a ser adoptadas no futuro medidas legislativas que tenham como objectivo liberalizar os despedimentos ou reduzir os salários.” Note-se que essas “possibilidades” foram levantadas pelo próprio PSD.
Se não vai haver mortos e feridos, por que abriu então o PSD o processo de revisão constitucional, imprimindo-lhe um carácter de urgência? Porque, diz-nos Teixeira Pinto, quer arrumar melhor os temas na Constituição, fazendo “uma limpeza de vocabulário e de conceitos”…
Assim, e a título de exemplo, o PSD tem várias comissões a funcionar para retirar “regras que hoje não fazem qualquer sentido, como o artigo que reconhece o direito à cultura física, que se encontra no capítulo dos direitos fundamentais.”
Esta nova direcção do PSD só procura fazer o bem — o mais desinteressadamente possível que se possa imaginar.
1 comentário :
Não há o Nobel da inocência?
Da virgindade?
Das almas puras?
Oh gente boa!
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