- ‘Sócrates gamou? — era essa a questão, e só. O essencial ajudava a desviar-nos do lançamento de primos e tio, ajudava a topar a malandrice de jornalista televisiva abanando um papel dizendo que a polícia inglesa dizia o que o papel não dizia, ajudava a não debicar o milho que magistrados deitavam a jornalistas estúpidos como pombos, ajudava a não aceitar que a soma de muitos "parece" não é necessariamente um "é". O essencial era: Sócrates gamou? Um sujeito, um predicado e (o que não é menor num país de certezas vãs) um ponto de interrogação. Ontem, o Ministério Público disse que Sócrates não é arguido, nem acusado, nem sequer testemunha no processo do Freeport. Facto.’
terça-feira, julho 27, 2010
Leituras [1]
• Ferreira Fernandes, E o facto ficou a saber-se qual é:
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1 comentário :
Que importância terá a pergunta se o que está em causa é do domínio da fé?
Para que serve mostrar que não há prova se o que os beneficiários da afronta há muito que proclamram que o "culpado", não apenas é culpado,(embora não se saiba de quê!), mas nunca conseguiu provar a sua inocência?
O que me pergunto é se alguma vez se fará a reparação dos danos sofridos pelo visado, pela sua família, pelo Governo do País, pela sua honorabiliodade e pela Rua da Amargura em que foi transformado o Largo do Rato?
Onde pára a Justiça capaz de enfrentar e condenar toda a cáfila que durante anos emporcalhou pessoas, carreiras profissionais e políticas?
O Portas bem pode clamar contra os pilha-galinhas apanhados com a mão no churrasco. Lembrar-se-ia ele de clamar por uma Justiça maior caso lhe fossem imputadas responsabilidades nas malfeitorias na Moderna e na Defesa Nacional?
E ainda: para quando a execução da sentença de penhora dos bens do semanário centro do nosso sistema solar?
Ou vamos ainda ter de o ver nas bancas a debitar o que lhe apetecer em nome de eventuais Comissões de Inquérito?
Justiça, precisa-se!
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