terça-feira, agosto 03, 2010

Introdução às estatísticas dos sistemas educativos escandinavos — texto de apoio ao dr. Guinote



Aparentemente, o dr. Paulo Guinote trocou a praia por uma introdução às estatísticas dos sistemas educativos escandinavos. É um esforço louvável. Vai daí, tem vertido uns quantos gráficos de comparação entre os países nórdicos e Portugal. Como eu gosto de ajudar, aqui vai um quadro (retirado daqui, pág. 399) que, estou certo, não encontrarão no umbigo do dr. Guinote. Atenção, claro, aos sublinhados a vermelho, que mostram o salário bruto (em euros) de um professor em final de carreira.

Para perceber a relevância destes valores, basta comparar o rendimento médio per capita nos mesmos países (quadro retirado daqui):



Para evitar que o dr. Guinote ignore a conclusão essencial, eu avanço-a: Portugal, um país significativamente mais pobre do que qualquer dos países escandinavos, paga mais – em valores absolutos, atenção — aos seus professores no topo da carreira do que qualquer um deles (tirando o caso de um professor do ensino secundário finlandês).

5 comentários :

Paulo G. disse...

It'a all You've Got?

:lol:

Esse é o argumento do tempo do ME da Maria Cachucha (se conhece a expressão)...

Deviam estar calmos, já ninguém chega lá a esse valor...

:lol:

Luis Ribeiro disse...

Hummm... Confesso que não compreendo. "Da Maria Cachucha" significa o quê? Irrefutavel?

Manuel Azevedo disse...

Estes valores, não são novidade, já há muito tempo que se conhece que em função do PIBproduzido, os professores portugueses são os que mais ganham, e menos resultados apresentam. Tal como na justiça, na Escola é preciso quem mande, e ponha os incompetentes no "olho da rua". Quando isso acontecer, os resultados irão aparecer. Para concluir, tudo que termina em "ote" não é de dar muita importância, ex. Pichote, rapazote, Calabote etc ..etc.

Anónimo disse...

Espero que o guinadas não seja professor de inglês, porque aquela frase não está lá muito correcta... "és ignorante, vai para professor"... quando a argumentos, estamos falados... um "mister". E são estes cabotinos (tipo guinadas, monhé fernandes e pacheco "maoista" pereira) que são lidos na blogosfera... triste país, de facto...

Anónimo disse...

A verdade deve ser dita:
Estive em dois congressos, um na RFA e outro em França, há já uns largos anitos e espantou-me, a mim e a outros colegas, o espanto causado nos colegas de muitos dos países comunitários quando lhes relatávamos as "precárias" condições de trabalho nas escolas públicas nacionais, sobretudo quanto a tempo de serviço semanal, reforma, férias e vencimentos. Poe acaso não se falou em avaliação (ainda não tinha chegado esse atentado "aos nossos direitos")
Espanto, não por considerarem as condições más, mas por as considerarem absolutamente fabulosas.
O nosso espanto ao espanto deles foi tal que, aqueles assuntos, quando abordados, eram logo contornados, tipo assunto tabú.
A verdade é que em Portugal temos bons estutos profissionais, mas a exigência e o brio são uma merda.