segunda-feira, agosto 23, 2010

O aldrabão de serviço

José, homem notoriamente desocupado atendendo à natureza das funções que exerce (e que vai continuar, administrativamente, a não exercer lá para os lados de Lisboa), escreveu mais um post extensíssimo no seu blogue. Desta vez, a vítima é Sarsfield Cabral, que se atreveu a pôr em causa, no Público de hoje, o poder dos sindicatos das magistraturas.

Diz o José que o problema é outro: a promiscuidade entre o poder político e os órgãos de gestão das magistraturas, graças à qual os magistrados são perseguidos. O José omite que nesses órgãos de gestão os magistrados estão em maioria.

Para ilustrar a sua diatribe, o José dá um exemplo que revela o nível a que, não raras vezes, desce: o ministro Rui Pereira (relativamente ao qual o José manifesta uma notória fixação) possui uma nora no Conselho Superior da Magistratura. Ora a mim garantem-me que Rui Pereira não tem nenhum filho, pelo que desconfio que também não terá nenhuma nora no Conselho Superior da Magistratura.

Mas para o José tudo isto são pormenores. Não é verdade, mas poderia sê-lo… Ou como rezava a epígrafe do seu anterior blogue: “Não deixe que a Verdade estrague uma boa história.

8 comentários :

Anónimo disse...

Incrível!

Anónimo disse...

Do José, nada me admira.

É as autenticas Lições da Tonecas.

Valha-nos Deus

Parece aqueles Coroneis, na reforma, a contarem as emboscadas em Africa.



Zé Boné

mAzevedo disse...

Atênção este José não é o Mourinho.. ele não quererá dizer que aquilo "anda à nora". Como sabem a lingua portuguesa além de grande, e suja muitas vezes, é muito traiçoeira....

joana disse...

Á volta da NORA deveria andar o "jose" com canga e corda curta. Talvez fosse a forma de o por mais credivel.

Anónimo disse...

Muito me surpreende ver o Miguel dar troco a um tipo desses!!!

António Transtagano disse...

Declaração de interesses: não gosto dos escritos do JOSÉ, agora na porta da loja e antes na grande loja do queijo limiano (está sempre obcecado por lojas, será que desejaria ser logista?)
Em todo o caso fui ler o post: O que ele refere é a nora de Jorge Miranda e não a nora do ministro Rui Pereira.
Como só agora li o post, admito que tivesse mudado a identidade do sogro...

Anónimo disse...

Assim, não vale ...


Fui ler a artigalhada da 'portadaloja'. E, claro, pode não se estar de acordo com o que lá se escreve ... Mas, o que o escrito do 'José' diz - a menos que, entretanto, tenha sido corrigido - é que se trata da "nora de Jorge Miranda" (e, não, de Rui Pereira) : (sic)"Não devia ser e o exemplo do juiz Rui Teixeira cujo Conselho Superior da Magistratura procurou objectivamente prejudicar profissionalmente, por interferência directa dos seus componentes políticos ( uma delas é nora de Jorge Miranda, professor universitário e constitucionalista), deveria fazer pensar melhores estes pensadores em artigos de jornal."

Anónimo disse...

O José mudou o post, mas como bom batoteiro que é fê-lo sem anunciar a correcção - ou seja, um verdadeiro aldrabão não tem emenda