quarta-feira, outubro 20, 2010

A palavra aos leitores — Da irresponsabilidade em política

De e-mail de Virgílio C.:
    (...) O PSD exige a suspensão do TGV ao mesmo tempo que quer “uma reorientação do OE para estimular a economia” (...). Conclusão: o PSD sofre de um gravíssimo problema de iliteracia económica.

    Achar que, no contexto actual, faz sentido não gastar pouco mais de 100 milhões de euros que alavancam cerca de 700 milhões de euros de fundos europeus e 600 de empréstimos do Banco Europeu de Investimentos é sinal de que esta tropa fandanga perdeu a cabeça. Se a isto acrescermos a opção de não executarmos os fundos europeus — não utilizáveis noutros projectos e que expiram em 2013 —, estamos perante um crime de lesa pátria.

4 comentários :

Ze Maria disse...

Ou se Governa com o orçamento do PS ou então vamos a eleições! Não se deve perder muito tampo com esta gente que projectos para o país...ZERO!
Há que confiar no povo português que já deu sobejas provas que não é parvo nem vai atrás de passimos, manelismos, angelismos etc etc, ou "is maters voices e outros c(á)gados guerreiros, duques e maluquinhos mais ou menos encrespados... Eles TODOS que façam melhor, que como sempre o PS que nunca virou a cara a dificuldades, cá estará, depois, para voltar GOVERNAR.

Cristiano disse...

O argumento é fantástico, se do dinheiro que é para deitar ao lixo (ninguém duvida que o TGV dará prejuizo), grande parte vem da europa, seriamos uns parvos se não deitássemos fora a nossa parte. Com este tipo de ideias chegámos ao ponto onde estámos agora.

António Carlos disse...

A realidade demonstra que TODAS as empresas de transportes do Sector Empresarial do Estado (CP, Metros, ...) apresentam défices operacionais crónicos e dívidas acumuladas descomunais. Será diferente quando o TGV entrar em funcionamento? Os estudos de viabilidade económica, já de si optimistas e realizados num contexto financeiro internacional que mudou radicalmente e se prevê manter-se por largos anos, ainda são para considerar?
Ou seja, vale a pena investir 100 milhões (será?) para ir buscar 700 milhões da EU (olhando apenas para o curto prazo) sabendo que com isso as gerações futuras vão inevitavelmente herdar mais défices e dívidas? O que aconteceu e está a acontecer não nos ensinou NADA?

Anónimo disse...

Ó António Carlos, o melhor será suspender tudo. Assim, em vez dos 10º de desempregados, passaremos a ter 50%.Se pensarmos assim,tudo o que se construiu em Portugal não existia! A minha terra não tinha luz eléctrica, nem estrada, Para ir até à fronteira,íamos de burro.Auto-estradas?Hospitais,c. saúde, comboios eléctricos,internet?....Venha o TGV,o Aeroporto,escolas ,hospitais,desde que haja controle de custos. TEMOS QUE INVESTIR E AO MESMO TEMPO CONTROLAR O DÉFICE PÚBLICO!