- ‘Volvidos três anos sobre a crise financeira de 2007, que degenerou na crise económica de 2009, os desequilíbrios que a originaram encontram-se, maioritariamente, intactos. Persiste um problema de dívida excessiva nos EUA e restante mundo anglo-saxónico, bem como na Grécia, Portugal e Espanha, que tem como contraponto excessiva poupança na China e na Alemanha, entre outros. A manutenção do status quo arrisca-se a engendrar nova crise, numa sucessão de bolhas especulativas e de círculos de expansão e recessão.
(…)
Noutro contexto, Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha carecem de tempo para ajustar os seus défices externos excessivos: o reverso dos défices públicos. Esta correcção exige ganhos de competitividade, os quais demoram a materializar-se e poderiam ser facilitados mediante diferenciais de inflação negativos face à Alemanha. Para tal, o BCE deveria levar a cabo políticas monetárias mais expansionistas que o exigido pelo ciclo económico germânico e algumas regras de integração de mercados deveriam ser suspensas temporariamente naqueles países. Mais, dever-se-ia rapidamente apresentar o enquadramento da gestão de crises de dívida soberana na UEM para além de 2013, esclarecendo as condições de resgate.
A evolução da actividade económica global nos tempos mais próximos depende da capacidade das economias, no âmbito do G20 e no seio da UE, adoptarem posturas políticas cooperantes. Impõe-se que, no curto prazo, alguns estejam dispostos a perder um pouco em prol de um futuro melhor comum.’
1 comentário :
Algo está mal no reino da Europa.A uma crise provocada pela direita financeira,junta-se a falta de Solidariedade de dois paises,Alemanha e França,que foram em tempos os seus fundadores.Pergunto? é coincidência os dois governantes serem de direita? e igualmente o Parlamento Europeu? e o Presidente e seus comissários? vamos acrescentar mais direita ao problema? O Povo tem a palavra...
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