- ‘O fraco crescimento na primeira década do século alimenta, em muitos, um discurso demasiado derrotista sobre o potencial de crescimento e sobre a capacidade competitiva do País. Este negativismo passa a ideia de que não vale a pena fazer nada, em vez de incentivar a que se façam as reformas necessárias.
Os dados dos primeiros nove meses de 2010, com um crescimento do PIB e das exportações de mais do dobro das previsões do Governo (no OE de 2010), mostram que o País está a conseguir recuperar a sua capacidade competitiva melhor do que muitos esperavam. O crescimento português está neste momento a ser suportado inteiramente pelo forte aumento das exportações, num contexto em que a procura interna está a diminuir. Este terá de ser o padrão de crescimento da próxima década.
Para que o crescimento possa continuar a ser puxado pelas exportações, o País tem de continuar a ganhar competitividade, aumentando a produtividade, reduzindo os custos de contexto e continuando a melhorar a inserção das suas empresas nos mercados internacionais.
Para isso deve acelerar reformas que condicionam o funcionamento de toda a economia, como as que melhoram o funcionamento do sistema de justiça, a qualidade da educação e a eficiência da administração pública, ou as que estimulam o redireccionamento das empresas para sectores transaccionáveis e actividades com maior inovação e com uma adopção mais rápida de novas tecnologias.’
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