quinta-feira, dezembro 09, 2010

1, 2, 3... 4



Longe vão os tempos da guerra colonial, mas os hospitais militares vieram, tal como a Toyota, para ficar. Temos três em Lisboa, um por cada ramo das Forças Armadas, e mais outro no Porto. É obra.

Admitindo que a especificidade das Forças Armadas justifica que não se preencha uma guia de marcha para o SNS, pergunta-se se um hospital militar não chega para as maleitas de guerra? Li algures que as Forças Armadas terão cerca de 40 mil efectivos. Mesmo contando com o pessoal na reserva e com os reformados, o rácio entre utentes e estabelecimentos de saúde militares deve deixar a milhas qualquer centro de saúde do país.

ADENDA - O DN faz hoje manchete com a questão dos hospitais militares. Mas a frase que hoje acompanha o cabeçalho do jornal lembra o óbvio: “O exército não deve ser mais do que um braço da Nação, nunca a cabeça.”

9 comentários :

anónimo disse...

Nãofazem sentido esses hospitais.Vim da Guerra Colonial,fui lá uma vez. As especialidades são poucas. Os Médicos,poucos são militares, os restantes são privados que dão consultas uns certos dias. Um médico num hospital militar em Portugal,deve morrer primeiro que os doentes,por causa do tédio... Os Militares deslocam-se na sua esmagadora maioria c aos locais do SNS e privados. Vêm alguma ambulância militar a circular em Lisboa ou Porto? Viram alguma do INEM ou SNS a transportar doentes para os hospitais militares? nunca vi.Vamos em frente e acabar com as capelinhas. Nota: São 40000 os militares,e um numero escandaloso.Em tempo deGuerra eles sabem onde os ir buscar. Foi um desastre para o pais,o Portas ter acabado com o serviço obrigatório. Tinham mão de obra a fazer serviço, sem ser do quadro,com menos custos para o país e com esta vantagem primordial: Há individuos que não querem trabalhar nem estudar. Quem fosse nessas condições, fazia formação profissional,quando viesse cá para fora já tinha uma ferramenta para se defender.Hoje, acabam o 9 ano ou o 12,sem emprego nem profissão, se não tiverem apoio familiar,é meio caminho para a marginalidade.Nota: isto não tira mérito as formações profissionais que se implementaram, para corrigir o erro do seu encerramento,só que há gente que só em regime militar é que lá vai.

Anónimo disse...

Será que os Hospitais Militares tb têm serviços de ginecologia e obstetrícia?

M.Coutinho disse...

Custa menos dinheiro ter uma convenção mesmo com privado, para casos excepcionais, do que ter um hospital aberto, sem que nada o justifique, a não ser a corporação. Este mesmo principio, deve ser utilizado nos tribunais sem julgamentos.

Os que estão a fazere tijolo dizem que bossa senhoria benceu.... disse...

Mesmo contando com o pessoal na reserva e com os reformados, os filhos até aos 29 se estudam as filhas solteiras têm cartão perpétuo, ou tinham, as viúvas dos oficiais são uns 100mil
a maior parte fora de Lisboa
évora também tem um
ou tinha

Jaime Matos disse...

O que é que isto tem a ver com a guerra colonial? O HM foi criado, como Hospital Real da Marinha, pelo Alvará com força de Lei do Príncipe Regente D. João de 27 de setembro de 1797, sendo secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar D. Rodrigo de Sousa Coutinho. O hospital foi construído no local do antigo Colégio de S. Francisco Xavier (também conhecido como Hospício dos Jesuítas ao Paraíso), tendo as obras prolongado-se até 1806. O seu edifício, na altura bastante moderno, foi projetado pelo arquiteto Francisco Xavier Fabri.

O hospital foi inaugurado em 1 de novembro de 1806, mantendo-se em funcionamento até hoje.

Anónimo disse...

À parte o problema dos hospitais militares que deve ser revisto de maneira judiciosa, é oportuno dizer aos apaniguados de Pio Baroja ("o exército não pode ser a cabeça da Nação")que o exército só pode sê-lo pontualmente: exemplo do 25 de Abril. Depois há que cortar-lhe a cabeça...
Quanto aos braços da Nação (se entendermos por braçoa as elites que nos governam)estamos conversados!

Anónimo disse...

Infelizmente, neste assunto como em tantos outros, escreve-se e comenta-se sem se perceber nada do assunto em causa...

Anónimo disse...

Justifica-se ter 4 hospitais? o pais cria riqueza para isto? Vamos em frente... A guerra foi feita por milicianos,o pessoal do quadro estava no bem bom e muitos a governarem-se...Portanto há que reduzir mordomias e também o numero de pessoal do quadro. Se não concordam argumentem aqui,para podermos mudar de opinião se for o caso...

aabreu disse...

O cerne da questão não é o Hospital das FA, mas sim a metodologia seguida para lá chegar, ignorando recomendações de Tecnicos responsáveis e conhecedores da matéria, decidindo primeiro, estudando depois...Alguns paises NATO já não têm H Militares.Mas nestes na rede hospitalar civil, não há tempos de espera...e continuam a dispor de medicos militares que nesses hospitais desempenham funções assistenciais iguais às dos seuis colegas ciovis. A destribuição dos médicos militares pelos 3 ramos das FA foi sempre desigual. A Marinha dispôs quase sempre de um quadro permanmente preenchido. O Exército apoiando-se no SM obrigatório.Dep+ois da extinçãO deste, ficou com um deficit que teve de preencher com civis contratados.Estes logicamente não vão para a Bósnia ou para o Afeganistão...têm ido da Marinha!O Serviço de Saude Militar destina-se prioritariamente a apioar missões operacionais das FA. A perspectiva corporativa, se é que existe,expões-se nba Comissão nomeadamente por Sexa MDN: 5 oficiais ( Generais e Superiores) do Exército,1 da Marinha, i da F Aérea e 3 Técnicos Superiores Civis, um dos quais do MDN...O que será mais económico? Concentrar leitos e serviços hospitales num edifício ( que não há) ou colocar os H militares existentes em rede utilizando as tecnologias mais modernas de informação e comunicação como já se usa em vários Centros Hospitares de Lisboa? Isto é que ninguém explica...e já agora, desde que há mulheres nas forças armadas tem que haver ginecologia...