terça-feira, fevereiro 22, 2011

A execução orçamental que obriga o PSD a torcer os números

Primeiro, Passos Coelho fez como a raposa da fábula: estão verdes. Confrontado com os primeiros, e excelentes, dados da execução orçamental de 2011, o líder do PSD desconversou e optou pelo discurso do método, salvo seja: o que estava mal não eram os números - não poderiam estar - mas a forma como foram divulgados.
Conhecidos os resultados oficiais, o caso tornava-se mais bicudo. Era necessário torcer os números. Pô-los a dizer exactamente o contrário do que eles revelam.
E é aí que entra o "especialista" neste tipo de contorcionismos.
Miguel Frasquilho não está nada satisfeito com a execução orçamental de Janeiro porque - diz - "Verifica-se que do lado da despesa e numa base comparável com os objectivos do Orçamento do Estado, a despesa total, a despesa primária e a despesa corrente primária sobem todas face a 2010 e deviam descer todas".
Frasquilho, que se apresenta como economista, deveria saber que está a comparar o incomparável. E que não é necessário ser economista para conseguir ler o comunicado do Ministério das Finanças. Cristalino:




7 comentários :

Manuel Cintra disse...

E o editorial e análise do "Jornal de Negócios"? Até dá asco ler aquilo.

Fiquei vacinado. Não volto a comprar o jornal (Já não o comprava há meses)

tia judite disse...

Eu desses numeros mracoeconomicos e derivados nada percebo, mas entendo que o defice é combatido, diminuido e assim continuar o Governo faz um excente trabalho na redução do defice anual.É obra.Afinal não é isso que a UE exige e o GOverno cumpre?

Filipe A. disse...

Eu não sou especialista, mas havendo um corte, em média, dos salários na função pública de 5% e tendo em conta outras medidas destinadas a cortar na despesa, não seria de esperar uma queda maior?

Anónimo disse...

Filipe A.
Também não sou especialista. Mas, mesmo havendo cortes de 5% nos salários, haverá outro tipo de despesas (materiais, combustíveis...) que terão aumentado, em alguns casos mais que 5%.

Anónimo disse...

Os números lidos como são lidos lá fora salientam que a despesa efectiva é de 2,6%! o resto é dourar a pílula e vender a imagem.
o problema é que lá fora não vão na conversa... olham para os números.

Anónimo disse...

o Anónimo que respondeu ao Filipe A. deve ser comediante!

Anónimo disse...

Comparar o incomparável: está certo, mas já agora nas receitas este blog tb compara o incomparável.
Mas enfim, a despesa devia diminuir com duodécimos ou não até porque a continuar assim a despesa efectiva irá aumentar até Abril e o ano passado teve de se fazer travão a fundo com o orçamento, PEC II e III, portanto...