Mais divórcios, maior litigiosidade, mais vulnerabilidade das mulheres, poderá resumir-se, deste modo, os alertas que Cavaco Silva entendeu fazer aquando da promulgação da nova lei do divórcio.
Um estudo ontem divulgado vem, no entanto, desfazer, arrasar todas as capacidades adivinhatórias de Cavaco. Então, de acordo com o referido estudo, a litigiosidade abrandou, houve menos divórcios e as mulheres não parecem sair mais vulneráveis com esta lei (pelo contrário, como o demonstra o facto de serem elas responsáveis por 70% dos divórcios sem consentimento do cônjuge).
A lei é perfeita? Longe disso, havendo muito caminho a percorrer para que advogados, juízes e próprio legislador façam as necessárias adaptações que a lei e a prática impõem. O editorial do Público de hoje elenca algumas delas.
Mas serve para reflectirmos sobre as desgraças em forma de aviso, que é o que não falta por aí.
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