sexta-feira, março 11, 2011

As 365 ideias do PSD - uma pequena selecção


A revista Visão de ontem faz referência duas vezes ao número 365: uma para anunciar um guia de 365 restaurantes; outra para comunicar que o PSD tem 365 ideias para o país. Manifestamente, o guia dos restaurantes parece mais consistente. Eis as principais “ideias” do PSD:

As que aumentam a despesa:
- novas Secretarias de Estado
- novos tribunais especializados e prémios remuneratórios para turbo-juízes
- aumentar os governantes

As que diminuem a receita:
- abolir o IRC / baixar impostos sobre os lucros
- acabar com o Pagamento por Conta para as microempresas
- baixar a TSU

As que aniquilam o Estado Social:
- cheque-ensino
- reduzir tabelas de preços de financiamento dos hospitais públicos

As puramente ideológicas:
- privatização da televisão
- gestão privada dos serviços de saúde

As que protegem os fortes e privilegiam os ricos:
- isenções/benefícios fiscais para grandes empresas c/ nuvem de PMEs, para fusões de empresas, para grandes fortunas e para gastos com empregadas

As que lesam os mais fracos:
- reduzir o salário por trabalho ao fim-de-semana e feriados
- permitir redução de salários por 18 meses

As que já estão consagradas:
- programa ERASMUS para docentes
- fim das SCUTs
- criar plataformas logísticas

As que são prática corrente:
- fazer visitas de Estado para abrir novos mercados / diplomacia económica
- roadshows junto de credores da dívida pública
- visitas de titulares de cargos públicos às PMEs

As subversivas:
- tomar medidas "violentas" para acabar com a proximidade entre justiça e media

As ridículas:
- abrir lojas de produtos portugueses em centros comerciais estrangeiros
- atribuir condecorações a investidores externos
- decisões tomadas em CM são para ser aplicadas imediatamente

10 comentários :

António Carlos disse...

"As que aniquilam o Estado Social:"
"As que protegem os fortes e privilegiam os ricos:"
"As que lesam os mais fracos:"

Em qual destas categorias inclui a redução das compensações por despedimento apresentada no PEC IV?

António Carlos disse...

A linguagem demagógica utilizada para descrever este tipo de propostas ("aniquilam o Estado Social", "protegem os fortes e privilegiam os ricos", "lesam os mais fracos"!), que quando adoptadas pelo Governo passam a "defensoras do Estado Social" e "inevitáveis para responder à crise externa", é reveladora da impossibilidade de discutir calma e serenamente na esfera pública linhas de acção estruturadas, coerentes, e de médio/longo prazo para resolver os problemas que hoje nos afligem.

O que dizer, por exemplo, "do fim das SCUTS" que "já estão consagradas" mas que ainda esta semana foram descartadas pelo PM como sendo da responsabilidade do PSD?

Anónimo disse...

Ideias gloriosas são as deste governo continuar a governar à custa do pagamento do cidadão. Governar assim é fácil, mas qualquer merceeiro faria melhor. Governar com o dinheiro alheio, com as pensões alheias e legítimas, com a quebra constante das regras do jogo, quando e onde o governo lhe apetece, é a maior das vergonhas. Um partido, militantes e apoiantes que se revêem nas acções destes senhores governantes, não merecem o respeito da cidadania. É tão fácil moer no caso BPN (que estranhamente e vergonhosamente está parado) e deixar de lado a vergonha maior de cada cidadão sofrer e sacrificar-se por causa da incompetência e desonestidade do governo de Portugal.

Anónimo disse...

Acha que o cheque escola "aniquila o estado social"?

O autor deste comentário deve ter andado numa escola publica sem qualidade nem avaliação para conseguir dizer semelhante disparate.

João Magalhães, se a idiotologia pagasse imposto você sozinho era um PEC

MFerrer disse...

Oh Anónimo das 08:11PM,
O Estado Social é o garante da igualdade de oportunidades.
Coisa que faz crescer pelos nos ovos da direita...
E a Escola Pública é apenas o garante dessas mesmas igualdades...
Não percebeu?
Quer um desenho?
Cheque ensino quer dizer escolas com alunos escolhidos e com cotas para entrar.
Tipo Colégio do Planalto ( dispenso-me de o ensenar com outros exemplos) onde o "sinal" de matrícula são apenas 5.000€....
mas garantem que aceitam todos os alunos!
Vc não vale um PEC, vale um Nobel da idiotice!

Anónimo disse...

Ferrer, você é desonesto porque se revê neste governo. Ferrer, você é vergonhoso por não ter vergonha o que o PS (com o PSD) fizeram a Portugal. Ferrer, você é revoltante com essa máscara do estado social, agora que o seu governo desbarata esse estado social. Ferrer, você é um dos que merece este estado de coisas a que o chegou o país, por ser você e outros como você, que permitiram este continuar de incompetência, desonestidade e mentira.

Anónimo disse...

Ferrer, a sua cota é a teimosia absurda de continuar apoiante desta burla em forma de governo.

Kurt Cobain disse...

Acho que era de valor analisarmos a estrutura legislativa, governativa e fiscal de países estáveis como a Dinamarca ou a Noruega e tentarmos emulá-la em Portugal. Andar a dar tiros no escuro não funciona. Um Governo acha bem e faz assim, o outro acha mal e desfaz. O primeiro culpa o segundo e o segundo culpa o primeiro. Ficamos entretidos em polémicas e demagogia e não vamos a lugar nenhum.

Anónimo disse...

O governo pode estar a seguir muitas politicas de direita neste momento , é um facto.Porém não acredito que outro partido fizesse melhor numa situação em que nos impõem de lá de fora "ou liberalizam ou cortamos a torneira do financiamento".
Agora meter um partido no governo que quer ir ainda mais além do que este já foi e destruir na sua totalidade o estado social com medidas ainda mais injustas? Não obrigado, dos males sempre prefiro o menor .

Unknown disse...

Em Portugal, o tecido empresarial é sobretudo composto por PMEs.

Num contexto de globalização, no qual empresas de grande dimensão desenvolvem as suas actividades em vários países, quais são verdadeiramente as chances das PMEs portuguesas?

Neste contexto, favorecer as fusões e reorganizar sectores não será uma medida adequada?