Há situações que marcam indelevelmente a natureza dos partidos políticos. Um partido constituído por gente que combateu o Estado Novo e se robusteceu na luta contra as tentativas ditatoriais de sinal contrário, como é o caso do PS, tem enraizada uma cultura democrática que o protege dos vendedores de feira que lhe apareçam pela frente. É este lastro democrático que falta ao PSD, esse amontoado de cacos da Acção Nacional Popular (ANP) reconvertidos à pressa.
O terrível Ângelo não entende esta diferença abissal — e outras mais há — entre o PS e o PSD. Por isso, naquele estilo rançoso do tempo das “forças vivas” da ANP, o político-empresário Ângelo Correia quer agora, depois de ter andado a fabricar líderes do PSD, alargar a sua actividade ao Partido Socialista. Deixemo-lo andar ao engano.
4 comentários :
No PSD há poucos social-democratas.A maior parte da sua clientela política,foi apoiante da ditadura salazarista.Alguém tem dúvidas disso?
É este o padrinho, que vai segurar a tampa do pote onde o afilhado quer ir.
Depois de alguns anos com dificuldades para molhar o bico à vontade, e a fonte do BPN seca, para esta gente vai ser um fartote!
É bom que o PS perceba que o encarniçamento dos seus adversários políticos contra uma única personalidade, no suposto melhor interesse do próprio PS e da nação, não passa de mais do mesmo a que já nos vamos habituando. A saber, à luta política por todos os meios, através da insinuação e da calúnia sempre que possíveis, e da interferência na vida partidária alheia quando se vão tornando mais difíceis.
Já lhe cheira a POTE.
Já lhe cheira a águas...
Ah, e a Caixa... agora que se foi, para lá, o BPN...
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