Ora, tendo em conta que o líder do PSD:
- acha que o país tem pensado de mais, no passado recente, em redistribuir o pouco que tem em vez de crescer e enriquecer;
- não quer uma "sociedade subsídio-dependente";
- não tem nenhuma simpatia pelos actuais "sistemas de redistribuição burocratizados e pouco inteligentes";
- não sabe reconhecer as elementares tendências de redução da pobreza e desigualdade nos últimos anos, elas próprias resultado positivo das mesmas políticas que Passos Coelho desvaloriza;
- que as propostas na área do emprego que lhe são conhecidas - o tributo solidário e a possibilidade dos contratos de trabalho serem "orais" - fazem parte da pré-modernidade das políticas sociais, são indignas de qualquer sociedade europeia, denotam uma ignorância espantosa tanto dos traços dos problemas como das soluções possíveis (como a diferença entre prestações contributivas e prestações não-contributivas);
- e que o capítulo dedicado às políticas sociais na sua “Moção Global de Estratégia ao XXXIII Congresso Nacional do PSD” é, no essencial, dedicado às IPSS, dando a ideia de que o Estado deve ceder-lhes a sua posição no combate à pobreza e à exclusão...
...as expectativas não podem deixar de ser as mais elevadas.
O país anseia - exige! - conhecer as condições de acesso e o conteúdo próprio do que podemos chamar o PEAVA: "Programa de Emergência de Apoio às Vítimas da Austeridade".
- Contributo do Pedro T.
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