quinta-feira, março 31, 2011

E se Cavaco fosse estudar o que os governos de gestão podem fazer?

Ao cuidado de quem acha que o Governo, estando em gestão, pode negociar com o FMI um pacote de austeridade (depois de se ter demitido por o Parlamento ter recusado essa mesma austeridade):
    “actos que, seja qual for a função do Estado em que se integrem, devam ser considerados em absoluto vedados aos Governos de gestão. São eles, em nossa opinião:
    [...] - os actos contraditórios com os fundamentos da demissão, no caso de serem determináveis, designadamente se a demissão resultou de votação parlamentar. Pretender pôr em prática as orientações que conduziram à negação da confiança parlamentar ao Governo seria uma ofensa grave à Representação nacional - seria aquilo a que, no direito inglês, se chama contempt of Parliament.”
      in Diogo Freitas do Amaral, Governos de Gestão, 2.ª edição, p. 34

14 comentários :

Victor disse...

Se há por aqui alguém que me possa explicar, eu agradecia: porque disparou a divida pública nos últimos tres anos? Deve haver uma explicação, porque o governo não se andou a governar e as grandes obras ficaram para trás. Foi tudo da crise? Penso que se trata de mais uma bojarda dos "paulinhos da feira", mas gostava de ser esclarecido.

Anónimo disse...

o gajo quer tema para orientar a campanha do psd e depois faz estas fitas. quuando o governo fez o que devia fazer, andou a boicotar e agora quer que o demissionário faça aquilo que ele não têm coragem de fazer. como diria o freitas. é preciso topete.

Anónimo disse...

O homem devia era ir para Boliqueime a pé, e em marcha acelerada.

Anónimo disse...

alguém manda este post à Atenção da Presidência da República?

Ze Maria disse...

Sua excelência não ouviu ou não percebeu aquilo que o Primeiro Ministro sempre afirmou: Não governar com o fmi! O tempo que falta para "quem o vai chamar" ou não, já é pouco.

Anónimo disse...

... alem de ter desprezado os apelos, p.e., de MSoares, para intervir junto partidos, como é sua competencia, para evitar a catastrofe...

mas esta é sua estrategia, que vem dos tempos das escutas, do bpn, da coelheira....

Curioso, ele não ter tido coragem de fazer nem um comentario as posições assumidas pela Sra Merkel, Comissão europeia, e mesmo banco central europeu...

abraço

Anónimo disse...

Não é muito seguro citar Freitas. Pode amanhã dizer o contrário do que defendeu hoje e passado amanhã ter uma terceira opinião sobre o mesmo assunto.

ana disse...

O Presidente quer que o PS fique com o ónus de chamar o FMI, mas vai ter que esperar pelos seus muchachos do PSD

Anónimo disse...

têm feito tudo para empurrar o País para o FMI, mas não querem assinar por baixo.

É a politica rasteira e da rasteira.

Conde do Tarrafal disse...

É Arrasador este parecer de Freitas do Amaral... Está à vista que o Presidente ainda não se recompôs das escutas...e da não resposta em devido tempo a questões simples levantadas na campanha eleitoral que o "nevoeiro denso" vindo de Belem as tornou complicadas...São estas "minudências" que turbam o raciocinio de Cavaco Silva...

Anónimo disse...

O Freitas quando fala por nós é bom. Quando não, é mau. Esta lógica matemática básica é o sentido de orientação típico deste blog e dos seus apoiantes. Se for penalty contra nós, reclama-se, quando a nosso favor, festeja-se.

Von

Anónimo disse...

Eu, que não sou ninguém, tenho para mim que o PR encaixa naquele perfil tipo de alguém que está no lugar certo, na hora exacta.

Coisas do acaso, portanto.
Depois, é só manter a distãncia, não criar ondas e deixar que a chuva páre.
Foi assim com Cavaco Silva. Em determinado momento, soube aproveitar a oportunidade de meia duzia de apoiantes sonantes. Depois, criou aquela postura de não falar ou, quando o faz, de não dizer nada ou dizer muito pouco. E o tempo vai passando e assim se cria a aparência de um estadista.

Anónimo disse...

Se o Freitas tem razão ou não nesta afirmação não sei . Agora , que faz perfeitamente SENTIDO e que é COERENTE com aquilo que levou o governo a demitir-se , lá isso é...Mas coerencia é coisa que não tem abundado nas oposições, ultimamente.

Anónimo disse...

A mim só me lembra aquele gesto do...
TOMA!