quinta-feira, março 31, 2011

Notinhas soltas

1. Cavaco decidiu voltar a levar à cena o espectáculo montado e apresentado na tomada de posse.

2. De tanto apregoar a verdade, Cavaco esqueceu-se de a praticar:
    “Nessas audiências, todos os partidos políticos, sem excepção, expressaram a opinião de que, no actual quadro parlamentar, não é possível gerar uma outra solução de governo com condições para resolver os problemas do País. Os partidos reafirmaram, aliás, a posição que haviam tomado quando os ouvi em Outubro de 2009, na sequência das eleições desse ano. Em consequência, todos defenderam a dissolução da Assembleia da República e a realização de eleições legislativas.”
Como o Presidente da República se recordará se fizer um esforço, o PS propôs conversações a todos os partidos representados no parlamento para a formação do governo em 2009, mas eles recusaram liminarmente.

3. A posição de mestre-escola que assumiu na sua declaração — pretendendo dizer aos partidos o que devem ou não fazer — revela que Cavaco sabe que em política o efeito de boomerang é devastador.

4. Não tendo mexido uma palha para evitar a crise política, Cavaco quer agora que o Governo de gestão assuma compromissos externos que a Assembleia da República recusou há dias — provavelmente em condições mais gravosas pela passagem do tempo.

7 comentários :

João Dias disse...

Mal que pergunte, fará António Barreto parte da "campanha limpa" que vitimiza o PM demissionário?

Anónimo disse...

alem de partidos terem "recusado liminarmente" coligações ou acordos,

foram-se entretendo durante 15 meses em varias coligações negativas

tentando e mui vezes, conseguido neutralizar acção do governo

no que foram superiormente coadjuvados e orientados pelo mui venerando

e seus ventriloquos comentadores, conselheiros de estado, e quejandus...

Ele mesmo Kavacu, interveio decisivamente minando a confiança nos esforços de socrates junto da UE, que originou o pec 4

que minou decisivamente, dando ordem de tiro, aos partidos paralentares, com seu "discuros " de posse

com estes euforicus, irresponsavelmente, no veto que determinou queda PM e governo

abraço

Olimpico disse...

Meus Senhores: Não havia volta a dar. Cavaco e Psd, já tinham "combinado" eleições!!!!
O Sr. Presidente afirmou no discurso
de Posse, que já não havia espaço para mais medidas penalizadoras!!!
Sendo ele Prof. de economia e sendo ele "conhecedor" das finanças do País. Só por má fé, é que se faz aquele afirmação...
Ele sabia e sabe o que está para vir...( Este Sr., enquanto não se esquecer dos casos da campanha, vamos ter disto...)
A "Palestra" desta noite, ainda é mais miserável!!!!!Quer oferecer ao Psd, um governo com o FMI, mas pedido por Sócrates....Pois...Cavaco, mais uma vez a "escavacar o País"....

MFerrer disse...

Ele quer, não quer?
É um querido!
Mas amnésico quanto às suas responsabilidades na crise, na defesa dos seus amigos assaltantes de bancos.
O que ele quer é ver se se livra do PS e de Sócrates por via do FMI e sem fazer muita força!

Anónimo disse...

É um sonso.

Anónimo disse...

A peça de teatro continua em cena.

militante do PS disse...

É fácil perceber o ódio que muitos dos nossos políticos nutre pelo 1º Ministro. A história explica porquê.

Ao longo dos anos foram vários os políticos que - perante um confronto, um desaire, uma crise, etc - decidiram arrumar as botas e refugiaram-se no sossego de um qualquer cargo ou nomeação subsidiária. Outros tantos, perante um ataque sistémico, baixaram os braços e anuíram na derrota fácil.

Este era o comportamento típico de quem se sentia contestado e pressionado a não fazer o trabalho, numa verdadeira aceitação de “se não os podes vencer, junta-te a eles”.

Mas este paradigma comportamental alterou-se com Sócrates. Um homem combativo, que não vira as costas à luta, nem esmorece ao primeiro contratempo. Os debates na Assembleia da República são disso prova. A vontade férrea de governar e enfrentar os problemas, por mais complexos que sejam, mostrou um político que merece o reconhecimento de muitos. Alguém que sabe do que fala e tem argumentos e explicações para as opções governativas.

Percebe-se que um homem assim, com essa força de vontade e determinação de postura, cause incómodos e desagrade a quem achou que bastava fazer um pouco de pressão para que este abandonasse o barco.
Percebe-se igualmente a revolta dos que estiveram na origem das diversas campanhas difamatórias – na tentativa de lhe assassinarem o carácter - ao constatarem o seu insucesso.

Daí que não me espante que a oposição venha agora defender o diálogo com o PS desde que este afaste o seu líder. É qualquer coisa do género: se não conseguimos vencê-lo, exigimos que sejam os seus pares a erradicá-lo.
A esta baixeza da oposição, a resposta dos militantes do PS só podia ser esta: reeleição de Sócrates com 93,3%.