domingo, abril 17, 2011

Se o ridículo matasse…



A gente anda muito divertida com as aventuras de Fernando Nobre e esquece-se de que há outros cabeças de lista do PSD que também são candidatos de gabarito internacional. Ontem, na revista distribuída com o JN e o DN, Carlos Abreu Amorim compara-se, com a fluência que caracteriza a sua prosa, a Oliveira Martins:
    ‘No final do século XIX, nas cartas entre Oliveira Martins e Eça de Queirós percebem-se dúvidas deste último face aos anseios de intervenção política do primeiro, que foi deputado e chegou [sic] a ministro da Fazenda durante parte da crise. Oliveira Martins não conseguia «afastar-se prudentemente» da pátria e dos seus dramas. Nem podia quedar como mero espectador da desgraça. Ontem e hoje, são escolhas difíceis…’
Muito embora ridícula, a comparação de Amorim não é inócua. Oliveira Martins fez política contra a política e os políticos. Ainda vamos ver Amorim à porta da Assembleia da República aos urros: “emergi da cloaca parlamentar”. No fundo, ele saiu da Nova Democracia mas a Nova Democracia nunca saiu dele.

A coligação entre o PSD e os destroços da Nova Democracia promete.

3 comentários :

Anónimo disse...

O CAA fez "escola" na Moderna. Estávamos na década de 90.
Já na altura, lhe diagnosticávamos uma ambição desmedida e teve a habilidade de conseguir passar pelos pingos da chuva.
Com o tempo, noto que tem piorado.

RAFA disse...

cada vez que vejo o CAA penso na lotaria Espanhola do Natal. Porque será?

Anónimo disse...

não tá mal visto, mas calha-nos a nós e não aos espanhóis.